segunda-feira, 7 de abril de 2008

O pior mês de todos os tempos do Arsenal de Sarandí



Foto: La Nación



Se há algo que o Arsenal quer esquecer é o mês de Março de 2008.

No início do mês, o "Viaducto" foi ao Rio de Janeiro jogar contra o Fluminense com vistas a uma boa colocação no Grupo 8 da Taça Libertadores da América. De forma inexplicável, o time acabou perdendo por 6-0. Em relação ao time que conquistou a Sul-Americana, o time que tomou o vareio no Rio teve apenas 3 alterações: o lateral-direito Espínola no lugar de Gandolfi, o volante Carrera no lugar de Villar e o experiente Biagini no lugar de Gómez. Somente no último caso a alteração foi de ordem técnica. Ninguém na Argentina imaginou que o Arsenal pudesse perder por tantos gols. A última vez que um time argentino levou 6 gols numa Libertadores foi na célebre goleada do Palmeiras sobre o Boca Juniors por 6-1.

Logo após o vexame, o Arsenal tinha excelente oportunidade para se redimir da goleada jogando em casa contra o fraco Gimnasia de Jujuy. Com 1 minuto de jogo, Leguizamón abriu o placar. Ainda no primeiro tempo o Gimnasia virou para 2-1. Ao final da partida, um 3-3 arrancado no final do jogo com o Arsenal com 9 jogadores em campo.

Logo depois do sofrido empate, o "Arse" perdeu 5 jogos seguidos: 0-1 e 6-1 contra a LDU pela Libertadores; 1-4 contra o Newell´s, 0-1 contra o San Lorenzo e 0-1 contra o River pelo Clausura. Com a vitória do Fluminense sobre o Libertad na semana passada, o time não tem mais chances de passar à próxima fase da Libertadores.

Mesmo assim, Gustavo Alfaro continua firme no comando do time, apesar das inevitáveis críticas dos torcedores depois do 6-1 sofrido no Equador. Mesmo assim, grande parte da torcida do Arsenal mantém as esperanças no time e no treinador, que passou brilhantemente pelo Quilmes, classificando-o para a Copa Libertadores de 2005. Apesar das turbulências, acredita-se que Alfaro voltará a colocar o time nos eixos. Mostrando a união do grupo e solidariedade com Alfaro, os jogadores estão plenamente cientes dos fracassos recentes. Na semana passada, em entrevista ao jornal La Nación, o meia Andrizzi declarou: "Não há desculpas. Temos que esquecer isso o mais rápido possível. Se continuarmos juntos melhoraremos e seguiremos em frente".

No sábado passado, a história pode ter começado a mudar: o time empatou sem gols com o vice-líder Estudiantes jogando em casa. Já é alguma coisa, pelo menos depois de 5 derrotas seguidas.


Post Scriptum

- A vitória da LDU na Argentina foi a primeira de um time equatoriano em 37 anos.

- Foi a primeira vez que um time equatoriano fez 6 gols num argentino na história da Libertadores.

- O Arsenal sofreu 21 gols em Março, o que deu à sua defesa uma incômoda média de 3,5 gols sofridos por jogo.

Um comentário:

André Rocha disse...

Realmente, o Arsenal foi uma caricatura de time nas partidas contra Flu e LDU. Nem a pegada e catimba tradicionais apareceram. Será alguma questão interna no clube, amigo Aníbal?

Um abraço!