tag:blogger.com,1999:blog-46120145705712337972024-03-13T05:30:09.726-03:00Doses de FutebolPara aqueles que pensam que o futebol deve ser apreciado como uma rara bebida: em doses lentas e saborosas.Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-67340270557207558992010-02-08T23:01:00.000-02:002010-02-08T23:02:28.701-02:00Real Unión: Pequeno porém históricoO futebol é um dos poucos esportes no mundo onde o mais fraco pode derrotar o mais forte.<br /><br />Apesar de a frase ser um tanto batida, tivemos mais um exemplo de sua aplicação na semana passada. Pela Copa do Rei da Espanha, o poderoso Real Madrid enfrentou o modesto Real Unión, da cidade basca de Irún, clube da terceira divisão do país.<br /><br />Engana-se porém, quem pensa que o Real Unión seja um time “nanico”, com quase nenhuma história ou com pouca representatividade na história do futebol espanhol.<br /><br />Talvez por sua proximidade com a França, que começou a praticar o futebol antes da Espanha, a cidade de Irún foi uma das primeiras onde o esporte tornou-se mais popular. Já em 1902 o Irún Football Club foi fundado e, cinco anos depois, passou a se chamar Irún Sporting Club. No ano seguinte, uma dissidência do Sporting deu origem ao Racing Club de Irún.<br /><br />Assim, logo no começo do século a cidade, cujo número de habitantes era de cerca de 10.000 pessoas, já contava com dois times e uma rivalidade que se tornaria férrea. Essa rivalidade ficaria mais evidente quando no ano de 1913 o Racing se tornou o campeão da Copa do Rei, enquanto o Sporting já havia desistido de participar da competição por duas vezes.<br /><br />O campeonato foi largamente comemorado por toda a cidade, inclusive pelos torcedores do time rival. Foi então que, segundo a lenda, o rei espanhol Alfonso XIII sugeriu aos dirigentes dos dois times que se juntassem para acabar com a divisão de times entre uma cidade tão pequena. Em contrapartida, o rei prometeu seu patrocínio ao novo time.<br /><br />Assim, em 9 de maio de 1915, surgia o Real Unión Club de Irún. O “Real” veio do patrocínio do rei e o “Unión Club” foi adotado pelo fato de ter surgido da união dos dois times da cidade.<br /><br />O primeiro jogo do novo time foi um passeio: 6 a 1 contra a Real Sociedad. Além disso, o Athletic de Bilbao e o Arenas de Guecho passaram a ser outros times rivais em potencial para o iruneses, que impuseram aos bilbaínos sua primeira derrota no seu campo, o San Mamés. Ao longo dos tempos, os embates contra a Real Sociedad, pelo Campeonato do Norte (torneio regional onde os times do País Basco se enfrentavam) e pelo Campeonato de Guipúzcoa (província onde se localiza a cidade de Irún) tornaram a rivalidade fortíssima.<br /><br />Em 1918, o Real Unión vence o Campeonato do Norte e com isso ganha o direito de disputar a Copa do Rei. Na final, o Real Unión bateu de forma brilhante o Real Madrid por 2 a 0 (noventa anos antes portanto o Real Madrid já sabia quem era o Real Unión) e ganhou o bi-campeonato da Copa, já que o título de 1913 geralmente é considerado como sendo pertencente ao clube.<br /><br />Na década de 20 o Real Unión conhece seu apogeu. Cede três jogadores para a seleção espanhola que ganharia a medalha de prata nas Olimpíadas de 1920, em 1924 fatura pela terceira vez a Copa do Rei, em 1926 inaugura seu estádio, o Stadium Gal, e no ano seguinte novamente consegue o título da Copa nacional.<br /><br />Com tanto prestígio, o Real Unión foi um dos membros fundadores da Liga de Futebol Profissional, que passou a organizar o que hoje é Campeonato Espanhol a partir de 1928. Inexplicavelmente, já que contava com a mesma base do time campeão da Copa do ano anterior, o Real Unión terminou na nona colocação entre dez times que começaram a disputa da Liga. Como o torneio não previa rebaixamento, o time permaneceu na Liga. Em 1930 e 1931 o time se manteve na elite do futebol espanhol com modestas colocações. Mas em 1932 o êxodo dos melhores jogadores fez com o time caísse para a segunda divisão. Para nunca mais voltar.<br /><br />Depois da queda para a segunda divisão, o time perambulou pela terceira e quarta divisões, sem o mesmo brilhantismo dos anos anteriores. Ainda assim, de vez em quando o time é capaz de pregar algumas peças nos grandes clubes do futebol espanhol. Em 2003, eliminou o Athletic de Bilbao da Copa do Rei e em 2005 havia eliminado dos play-offs da terceira divisão o Rayo Vallecano de Madrid. No entanto na final caiu diante do Lorca Deportiva.<br /><br />Curiosidades:<br /><br />- O Stadium Gal está localizado a 300 metros da fronteira da Espanha com a França;<br /><br />- Javier Irureta, que como jogador foi campeão no Atlético de Madrid e como treinador ficou por 8 anos no comando do Deportivo La Coruña, foi revelado pelo Real Unión;<br /><br />- López Ufarte, que fez parte do elenco que conquistou os únicos títulos nacionais da Real Sociedad (80/81 e 81/82) também foi revelado no Real Unión;<br /><br />- O uniforme original do Real Unión é composto de camisas brancas, calções e meias pretas. O uniforme reserva é todo branco. Como o uniforme do Real Madrid é bem similar ao uniforme do Real Unión, o time irunês resolveu inovar e apresentou um uniforme muito parecido ao uniforme do Flamengo, com listras horizontais vermelhas e pretas.Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-55748812815951918992008-11-16T16:07:00.000-02:002008-11-16T16:08:50.494-02:00MigraçãoPessoal,<br /><br />Migrei meu blog para o Ole Ole. Todos os post´s desse blog foram migrados.<br /><br />Portanto, mudem a URL de seus favoritos para:<br /><br />http://br.oleole.com/blogs/doses-de-futebol<br /><br />Valeu!Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-42347700979073641542008-09-18T00:04:00.003-03:002008-09-18T00:16:10.470-03:00Ilhas Virgens Americanas: futuro desanimador<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcXKNkmZiDgtZKhaC2PEopJ-aiYaZNa6V9JJg368AUMIZuqX_AkYAIcmbu6NAr2F-Gb65rTxo-toIaoZ60eQfXfcOZ2jfqsUxN0zKIif34VVP0Evg37w78fcuEQo8n0NGQh9y8LtnBksod/s1600-h/IVA_distintivo.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 153px; height: 118px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcXKNkmZiDgtZKhaC2PEopJ-aiYaZNa6V9JJg368AUMIZuqX_AkYAIcmbu6NAr2F-Gb65rTxo-toIaoZ60eQfXfcOZ2jfqsUxN0zKIif34VVP0Evg37w78fcuEQo8n0NGQh9y8LtnBksod/s320/IVA_distintivo.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5247193357931869106" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">No último mês de março, as Eliminatórias para a Copa de 2010 começaram na América Central. Em um dos confrontos, um placar chamou a atenção: a seleção da pequena ilha de Granada havia ganho por 10 a 0 da seleção de outro país insular: a das Ilhas Virgens Americanas.<br /><br />À época, a seleção das Ilhas Virgens Americanas ocupava a 202ª posição do ranking da Fifa. Essa posição colocava o time na última colocação entre todas as nações que são afiliadas ao máximo organismo do futebol mundial. Portanto, o resultado elástico não chegou a ser exatamente uma surpresa.<br /><br />Uma semana antes de ser impiedosamente goleada, a seleção das Ilhas Virgens Americanas fez dois amistosos com a seleção vizinha das Ilhas Virgens Britânicas. E nos dois jogos, ocorreram dois empates: 1 a 1 e 0 a 0. Esses resultados trouxeram um pouco mais de esperanças aos habitantes das ilhas, que poderiam sonhar em dar trabalho aos granadinos, tal qual seus vizinhos fizeram com a seleção das Bahamas, onde empataram os dois jogos e não se classificaram para a próxima fase da competição por apenas um gol.<br /><br />No entanto, a derrota por 10 a 0 acabou por jogar uma “pá de cal” nas esperanças de progresso de seu selecionado, que assim deverá aguardar por mais longos quatro anos a chance de poder mostrar ao mundo uma evolução no futebol. E com um detalhe: todos os atletas das Ilhas Virgens Americanas são amadores.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Das disputas entre europeus à badalação do turismo</span><br /><br />Descobertas em 1493 por Cristóvão Colombo, as Ilhas Virgens Americanas foram objeto de intensa disputa militar entre espanhóis, britânicos, holandeses, franceses e dinamarqueses devido à sua posição estratégica no Mar do Caribe. Depois de quase duzentos anos de disputas, os dinamarqueses saíram vitoriosos e colonizaram as ilhas principais do local, a ilha Saint Thomas, a ilha Saint John e a ilha Saint Croix. Com isso, fundaram as cidades que mais tarde se tornariam as principais do território: a capital Charlotte Amalie (em homenagem à Rainha da Dinamarca à época), Cruz Bay e Groveplace.<br /><br />Dois séculos depois de ter assumido seu controle, a Dinamarca passou a enxergar as ilhas com outros olhos: elas eram economicamente inviáveis de sustentar e não podiam fornecer mais meios de riqueza. Com isso, a ilha passou a receber cada vez mais menos investimentos, sofrendo de um abandono lento e aparentemente irreversível.<br />Foi nesse contexto que os Estados Unidos surgiram com uma proposta de compra das ilhas: pagariam 25 milhões de dólares para a Dinamarca para assumir o total controle delas. A Dinamarca aceitou a oferta e com isso as Ilhas Virgens Americanas assumiram a sua atual denominação.<br /><br />Sob o domínio americano tornaram-se um dos principais destinos de aposentados e trabalhadores em busca de sossego longe do continente. Conseqüentemente, os investimentos em infra-estrutura cresceram e atualmente o território recebe muitos turistas provenientes não só dos Estados Unidos, mas também dos milhares de cruzeiros que usam seus portos para reabastecimento e descanso. Para ser ter uma idéia da quantidade de turistas que por lá passaram, basta dizer que as Ilhas Virgens Americanas, que têm cerca de um terço do tamanho da cidade de São Paulo, receberam mais turistas que toda a cidade do Rio de Janeiro no ano.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Liga unificada e disputa por espaço</span><br /><br />Fundada em 1989, a Federação de Futebol das Ilhas Virgens Americanas somente organizou sua seleção em 1998. A explicação para o início tardio foi a falta de campos de futebol que apresentassem uma mínima estrutura para a prática do esporte. Também pesou o fato de que, a exemplo do país que as controlam, o futebol não ser o esporte mais popular das ilhas, perdendo para o basquete e o beisebol e com isso não despertar nem a atenção do governo nem da população.<br /><br />Para ratificar sua condição de uma das seleções mais fracas do mundo, as Ilhas Virgens Americanas realizaram 23 jogos e ganharam somente o primeiro, disputado contra suas vizinhas Ilhas Virgens Britânicas, por 1 a 0. Logo depois dessa vitória, as Ilhas Virgens Americanas passaram a conviver com placares adversos e elásticos: 12 a 1 e 11 a 0 contra o Haiti, 11 a 0 contra Guadalupe, 14 a 1 contra Santa Lúcia e 11 a 1 contra a Jamaica. Esses resultados contribuíram para que as Ilhas Virgens Americanas caíssem para a última posição do ranking da Fifa. Mas, mesmo com os resultados ruins, a seleção ficou com o incômodo posto somente por um mês.<br /><br />Com a adaptação do Lionel Roberts Park para receber o futebol, a realização da Liga de Futebol das Ilhas Virgens Americanas foi viabilizada e passou a ser disputada em 1997, tendo como primeiro campeão o MI Roc Masters. De lá para cá, os maiores vencedores da Liga são os times do Positive Vibes, Upsetters e Waitikubuli United, com duas conquistas para cada um. A fórmula de disputa da Liga das Ilhas Virgens Americanas é interessante: existe uma liga para os times de futebol das ilhas de Saint Thomas e Saint John e outra liga para os times da ilha de Saint Croix. O campeão e o vice dessas duas ligas formam um torneio quadrangular final com turno e returno sagrando-se campeão o time que somar mais pontos.<br /><br />Mesmo com o incentivo da Fifa na adaptação do estádio principal das Ilhas Virgens Americanas, o principal desafio da federação nacional é atrair mais adeptos para o esporte. O zagueiro Dwight Ferguson, em entrevista concedida logo após a goleada sofrida para Granada foi taxativo: “Vejo um futuro desanimador para nosso futebol”. Talvez com um pouco mais de incentivo da Fifa e dos órgãos educacionais do território, a seleção das Ilhas Virgens Americanas possa ser vista de fato como “águias elegantes”, tal qual seu apelido.</span></div><br /><br /></span></p><p></p><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:60;" ></span><a href="http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=19621"><span style=";font-family:arial;font-size:65%;" >*Texto de minha autoria publicado na coluna "Conheça a Seleção" do site Trivela</span></a></p>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-26799927879705989482008-08-12T02:29:00.007-03:002008-08-12T02:40:19.391-03:00Rep. Centro-Africana: A pior do continente<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSAhZabGBI6Gm4OzIUaWSwOLOXaSaynpCxdmotucx_3Cm17sWLl2maQnjMqBxYyd4pqenx04tJEF3oLmFWhqL8pN00WhUefzFUOBz7tFPMDsxBW6g1tWSqPOHctqakgE6oADwt-ZGDl3qa/s1600-h/RCA_distintivo.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 173px; height: 147px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSAhZabGBI6Gm4OzIUaWSwOLOXaSaynpCxdmotucx_3Cm17sWLl2maQnjMqBxYyd4pqenx04tJEF3oLmFWhqL8pN00WhUefzFUOBz7tFPMDsxBW6g1tWSqPOHctqakgE6oADwt-ZGDl3qa/s320/RCA_distintivo.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5233499436172301058" border="0" /></a><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >No último mês de fevereiro, um fato envolvendo a ONG “Médicos sem Fronteiras” chamou a atenção no mundo inteiro: uma mulher de 36 anos, vítima de um atentado, faleceu abraçada ao filho recém-nascido. Atingida por tiros de fuzil, ela viajava numa ambulância mantida pela organização. </span><p style="text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">O incidente aconteceu na região norte da República Centro-Africana. Como o próprio nome diz, o país está localizado no centro da África e não tem saída para o mar, fato que agrava as atividades comerciais do país. Como quase todos os países do continente, a República Centro-Africana apresenta conflitos internos de milícias rebeldes contra o governo, altos níveis de mortalidade infantil, expectativa de vida cujo limite não ultrapassa os 45 anos e por muito tempo foi governada por ditadores.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Apesar de todos esses fatores negativos, a República Centro-Africana é cortada por vários rios navegáveis, o que faz com que as exportações de frutas, legumes e diamantes (embora grande parte desse último saia do país em forma de contrabando) gerem boas fontes de renda para o país.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><h5 style="text-align: justify; font-family: arial; font-weight: bold;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">De fornecedor de escravos a império e ditadura</span></h5><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Até meados do século 19, a região da República Centro-Africana era uma confluência harmoniosa de vários povos tribais africanos, sobretudo os bantos. A partir da metade desse século, no entanto, o contato com os povos muçulmanos do norte da África (sobretudo os egípcios e sudaneses) atraiu a cobiça de militares e traficantes de escravos, fazendo com que muitos bantos fossem escravizados e levados para diversos lugares, inclusive o Brasil.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Ao mesmo tempo, os franceses navegavam em expedições pelo rio Congo e colonizavam as terras que o margeavam. Um dos afluentes do rio Congo, o rio Ubangui permitiu aos franceses a penetração no território da República Centro-Africana e em 1889 a cidade de Bangui foi inaugurada. Mais tarde, ela se tornaria a capital da colônia que os franceses denominariam de “Ubangui-Shari”, que era a junção dos nomes dos rios mais importantes da região.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Em 1958, Ubangui-Shari tornou-se um território autônomo da França e dois anos depois se tornou independente do país europeu, mudando seu nome para República Centro-Africana. Desde então, sucessivos golpes de estado e confrontos internos ocorreram e a república até tornou-se império por dois anos. Logo após a restauração da república, mais regimes ditatoriais se sucederam e somente em 2005 um governo foi democraticamente eleito. Mesmo assim, o país continua enfrentando problemas internos e os conflitos com milícias rebeldes são constantes, desencorajando o turista a conhecer o norte e o nordeste do país, regiões controladas pelos rebeldes.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><h5 style="font-weight: bold; text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Início animador, muitas interrupções</span></h5><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Como na maioria das colônias africanas, o futebol chegou à República Centro-Africana pela influência dos franceses. No entanto, diferentemente de outras colônias que organizaram seus times ainda sem conquistar a independência, a República Centro-Africana colocou sua seleção em campo somente depois de ter conquistado sua libertação da França. Em 1960, foi convidada a participar de um torneio de colônias e territórios franceses sediado em Madagascar, enfrentando a seleção de Mali e perdendo por 4 a 3. Para um primeiro jogo de uma seleção nacional que nunca havia sido reunida antes, o resultado foi considerado muito bom.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Um ano depois, a federação local era oficialmente fundada e as filiações à Caf e à Fifa foram homologadas nos outros dois anos posteriores à fundação. No entanto, por motivo de conflitos internos recorrentes, somente em 1973 a seleção centro-africana voltou a se reunir, dessa vez para disputar as eliminatórias para a Copa da África de 1974. E na primeira partida contra a Costa do Marfim foi bem, ganhando por 4 a 2. Poderia até ter ido mais longe, pois perdeu somente por 2 a 1 no jogo de volta. Mas, por conta de problemas financeiros, a República Centro-Africana foi desclassificada das eliminatórias. Para a Copa do Mundo de 1974 e de 1982, a desistência de disputar as eliminatórias também ocorreu por falta de dinheiro.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Um pouco antes do fracasso das eliminatórias africanas, a Liga Centro-Africana de Clubes teve início em 1968 e teve como campeão o Cattin, clube que já não existe mais. Como reflexo dos conflitos armados internos, a Liga não foi disputada em 1969, 70 e 72. Durante a década de 70, a República Centro-Africana viu o domínio do Real Olympique Castel, que logo depois se tornaria o Olympic Real.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">De 1976 a 1988, a seleção centro-africana ficou sem saber o que era ganhar. Nesse meio tempo, Camarões e Congo foram seus maiores algozes: perdeu por 7 a 1 dos “Leões Indomáveis” e por 5 a 1 dos congoleses. A vitória tão esperada aconteceu frente ao Chade: 2 a 1 pela Copa CEMAC, que reúne os países que fazem parte da Comunidade Econômica e Monetária da África Central. Aliás, a Copa CEMAC é a responsável pela maior conquista do futebol centro-africano até o momento: dois vice-campeonatos nos anos de 1989 e 2003. Nas duas ocasiões, o título ficou com Camarões.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Enquanto isso, os centro-africanos viam um clube seriamente disposto a acabar com a hegemonia do Real Olympique Castel dentro do país. O Tempête Mocaf entre 1984 e 1997 conquistou seis títulos nacionais e ultrapassou o rival em número de conquistas.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><h5 style="text-align: justify; font-family: arial; font-weight: bold;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Enfim, a disputa pela Copa do Mundo</span></h5><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">O dia 9 de abril de 2000 converteu-se em uma data histórica para a República Centro-Africana. Pela primeira vez, o selecionado nacional iria realizar uma partida válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002. Até um apelido foi criado para incentivar a seleção: “Veados do Baixo Ubangui”. O adversário era o Zimbábue, seleção com muito mais tradição no cenário africano e, portanto, muito difícil de ser batido. Os centro-africanos perderam os dois jogos, por 1 a 0 e 3 a 1. Mas em todos ficou o sentimento de que a República Centro-Africana podia sonhar com um futuro promissor para as próximas gerações.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Porém, a esperança no futuro veio abaixo com a falta de recursos da federação e novas revoltas internas causadas por rebeldes contrários ao governo vigente. Esses fatores causaram novamente a interrupção da Liga Centro-Africana em 2002 e sucessivas derrotas nas eliminatórias para a Copa da África. As dificuldades atingiram seu ápice em 2004, quando a federação centro-africana teve que desistir da disputa das eliminatórias para as Copas do Mundo de 2006 e 2010 e a Caf não permitiu a entrada dos clubes centro-africanos na Copa dos Campeões africanos por falta de pagamento à confederação. Com isso, a pontuação da República Centro-Africana no ranking da Fifa caiu vertiginosamente, fazendo com que o país ocupe atualmente a 198ª posição, o pior time africano.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Enquanto isso, os bons jogadores centro-africanos, sem espaço para mostrar seu futebol dentro e fora do país, migram para a Europa. Foi o caso dos atacantes Foxi Kethevoama e Marcelin Tamboulas e do meio-campo Boris Sandjo, artilheiro maior da República Centro-Africana, com 6 gols. Enquanto Foxi e Tamboulas tentam a sorte no Birkirkara de Malta, Sandjo joga no Ujpest, da Hungria.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Resta agora saber se daqui pra frente os centro-africanos conseguirão um pouco de paz e dinheiro para fazer aquilo que mais gostam: jogar futebol e dar um pouco de alegria a seu povo sofrido.</span></p><p></p><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:60;" ></span><a href="http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=19490"><span style=";font-family:arial;font-size:65%;" >*Texto de minha autoria publicado na coluna "Conheça a Seleção" do site Trivela</span></a></p>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-22812869219991043662008-08-02T01:57:00.004-03:002008-08-02T02:15:32.040-03:00O primeiro a gente nunca esquece<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Domingo, 31 de julho de 1988.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Há 20 anos atrás, um menino vê seu time campeão pela primeira vez. Numa casa da Vila Ema, Zona Leste de São Paulo, o garoto de 7 anos estava brincando com seus primos na garagem, mas por dentro o menino não se cabia em tanta euforia. Não era aniversário dele e nem de nenhum de seus primos ou parentes. Toda a família dele se reunia para assistir o 2º jogo da decisão do Campeonato Paulista daquele ano entre o Corinthians e o Guarani. Até então, o menino e os seus primos nunca haviam visto o Corinthians ser campeão.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">A tarefa não era fácil para os comandados de Jair Pereira. No 1º jogo disputado no Morumbi, empate de 1 a 1 com aquele golaço de bicicleta do Neto e ele gritando para um Morumbi calado: “Eu sou f...”. O Guarani tinha a vantagem do empate, por isso aparentava estar muito mais tranquilo que o alvinegro. Além disso, o Bugre tinha um time respeitável, com Neto e João Paulo. O Corinthians corria por fora, estava desacreditado e talentos despontavam, caso do goleiro Ronaldo e do jovem atacante Viola.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Para o jogo em Campinas, o Guarani tinha a vantagem de jogar pelo empate no tempo normal e na prorrogação. Quase 50.000 pessoas lotaram o Brinco de Ouro. E o jogo começa duro, pegado. Bola vai, bola vem, a cada chance perdida a Fiel lamentava a falta de Edmar, que estava com a Seleção Brasileira. O menino e os seus primos acompanham o silêncio de seus pais e tios, apreensivos com a pressão do Guarani. No intervalo, os meninos voltaram as suas brincadeiras e os tios para as suas cervejas e cigarros. Os 15 minutos pareciam uma eternidade para todos. Ninguém via a hora de chegar o 2º tempo e torcer muito para que o Corinthians melhorasse.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">O que não aconteceu. A pressão bugrina perdurou, porém a brava defesa corinthiana soube neutralizar todos os ataques e o jogo acabou empatado. Um clima total de desolação tomou conta da garagem. Os tios comentavam: “Se em 90 minutos não fizeram nada, não será em 30 que farão, ainda mais mortos do jeito que devem estar”. As frases proferidas deixaram aquele menino ainda mais apreensivo do que estava. “Será que vai ser que nem no ano passado?”, pensava ele. Ninguém queria mais brincar. Todos os guris viam os pais apreensivos e sentiam isso, pois quando a gente é criança, imaginamos os pais como fortalezas inexpugnáveis, que nada sentem e nada temem.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Chega a prorrogação. Em determinado momento, um tio do menino levanta e dá um murro na mesa. Sai andando e vai fumar um outro cigarro na rua. Ninguém pisca o olho diante da televisão Sharp (aquela típica dos anos 80, com o gabinete de madeira e os canais com as luzinhas em vermelho dos canais, lembram?) e o 1º tempo da prorrogação termina.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Começou o 2º tempo da prorrogação e Wilson Mano arrisca uma descida ao ataque. Um fio de esperança cresce em todos. Ele arrisca de fora da área um chute feio e sem direção com o pé direito, porém o chute sai forte. Um garoto franzino surge de trás da zaga do Guarani sem ninguém saber, mete o pé na bola e mata o Sérgio Nery. A bola desviada vai entrando suavezinha, olhada pelo estupefacto goleiro do Guarani, que nada pôde fazer. A Fiel se ergue lentamente atrás do gol bugrino e grita o gol, o maldito gol que desafoga as tensões dos meninos e dos tios daquela garagem; lava a alma de todos os irmãos Fiéis no Brasil inteiro. Viola tinha 19 anos e marcava ali o gol que colocava o Corinhians na frente do placar e com a mão na taça. Nem deu tempo de o Guarani fazer alguma coisa, tal atordoado estava. Termina o jogo e o Corinthians, desacreditado que estava, levanta o título que não ganhava havia 5 anos.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">Aquele menino de 7 anos que estava lá naquele dia e viu seu time ser campeão pela primeira vez comemorou como gente grande aquele título e voltava as aulas no dia seguinte rouco de tanto gritar. O menino que sentia orgulho de vestir a camisa corinthiana era esse humilde escrevente.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">O GOLAÇO de Neto no 1</span></span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-weight: bold;">º jogo da Fina</span>l:<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/5n5drkQj_ek&hl=en&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/5n5drkQj_ek&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Melhores momentos do </span></span></span><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" ><span style="font-family:arial;">2</span></span><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" ><span style="font-family:arial;">º jogo da Final:</span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/sPrQMC4Qqb0&hl=en&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/sPrQMC4Qqb0&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Ficha técnica</span><br /><br />Guarani 0 X 1 Corinthians<br /><br />Local: Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas-SP<br />Árbitro: Arnaldo César Coelho-SP<br />Público: 49.604 pagantes<br />Cartões vermelhos: Paulo Isidoro (Guarani) e Paulinho Carioca (Corinthians)<br />Gol: Viola, aos 5'/1T (Prorrogação)<br /><br />GUARANI<br />Sérgio Néri; Marquinhos Capixaba, Ricardo Rocha, Vágner Bacharel e Albéris; Paulo Isidoro, Barbiéri (Mário), Marco Antônio Boiadeiro e Neto (Careca Bianchesi); Evair e João Paulo. Técnico: Carbone.<br /><br />CORINTHIANS<br />Ronaldo; Édson Boaro, Marcelo, Denílson e Dida; Márcio (Paulinho Gaúcho), Biro-Biro, Éverton e João Paulo; Viola e Paulinho Carioca. Técnico: Jair Pereira.<br /><br /></span></span> </div>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-53228755755047412892008-07-29T00:13:00.008-03:002008-07-29T00:36:18.391-03:00Djibuti: Pobreza na economia e no futebol<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjISrwYUaLfkI1hk4RX7xQBQNGMEIN1gDSArzVWYiO-phoZfOf7FBWT5euOTrNiO0TxDAxd6kznntfByWqQretrEEwqSLQ5XdsLgSbLnlhYwruaj-B8BD0BWGOP6sZAWlBSekx6Nf8tjJ1O/s1600-h/100px-Djibouti_FA.gif"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 124px; height: 124px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjISrwYUaLfkI1hk4RX7xQBQNGMEIN1gDSArzVWYiO-phoZfOf7FBWT5euOTrNiO0TxDAxd6kznntfByWqQretrEEwqSLQ5XdsLgSbLnlhYwruaj-B8BD0BWGOP6sZAWlBSekx6Nf8tjJ1O/s320/100px-Djibouti_FA.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5228268833197310258" border="0" /></a><br /><span class="autor"></span></div><p style="text-align: justify;"> </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Um pouco maior que o estado de Sergipe, Djibuti fica numa posição extremamente importante no leste da África. Está localizado no chamado “Chifre”, que é a região do continente onde o Mar Vermelho e o Oceano Índico se encontram. Essa estratégica posição rende bons dividendos ao país, pois o porto da capital, que também se chama Djibuti, é um importante entreposto comercial e serve de apoio para muitas embarcações provenientes da Ásia com destino ao Canal de Suez.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">O país inteiro é muito quente e árido. Para se ter uma idéia, dos quase 23 mil quilômetros quadrados do país apenas 20 são compostos por rios ou lagos. Com tão pouca quantidade de água, fica fácil compreender o porquê de o país figurar como um dos mais pobres do mundo e sempre necessitar de ajuda humanitária por parte dos países mais desenvolvidos e da Organização das Nações Unidas.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><h5 style="text-align: justify; font-weight: bold;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Do pioneirismo islâmico às guerras civis</span></h5><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">As origens de Djibuti datam do século X a.C. Os dois principais povos da região, os nômades afar e o somali, dividiam o comércio de peles e especiarias com os egípcios, persas e indianos. No século IX d.C, esses dois povos foram os primeiros africanos a conhecer e a se converter ao islamismo.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Depois de algum tempo em total isolamento, Djibuti foi descoberta pelos franceses, que foram os primeiros europeus a fazer contato com os povos da região. À época, a construção do Canal de Suez estava no final e a França estabeleceu um tratado de paz com os afar e os somalis, constituindo assim o protetorado da Somália Francesa. Em torno do porto construído pelos franceses na costa oeste, a cidade de Djibuti foi inaugurada e converteu-se na principal cidade do protetorado. Não à toa, a seleção de futebol de Djibuti é conhecida como “Os ribeirinhos do Mar Vermelho”.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">No decorrer do século 20, um grupo étnico chamado issa, do ramo dos somalis, passou a se rebelar contra os franceses. Pregava a dominação total da região do “Chifre da África” pelos nativos e era totalmente contrário à presença européia na região. Por outro lado, os afar continuavam ao lado dos franceses. A inimizade entre esses dois povos cresceu e deu origem a violentos desentendimentos internos que foram resolvidos em parte quando Djibuti declarou a independência da França em 1977.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Mesmo após a declaração da independência, os dois povos continuaram com problemas entre si. Tudo por causa do presidente eleito, de etnia issa, que não agradou a maioria da população do país, que é afar. Desde 1988 Djibuti já enfrentou duas guerras civis, o que agravou ainda mais as condições de vida da população, gerando mais fome e pobreza. Em junho último ocorreu uma invasão não autorizada de soldados da Eritréia a uma parte do território de Djibuti, o que pode desencadear outra crise interna no país.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><h5 style="text-align: justify; font-weight: bold;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Longas interrupções e futebol abaixo da média</span></h5><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Devido à grande influência dos franceses e dos soldados da Legião Estrangeira, cuja sede africana fica em Djibuti, o futebol é o esporte mais popular da ilha. No entanto, assim como a situação econômica, o futebol no país também é pobre. São apenas oito clubes profissionais filiados à Federação, que disputam a Liga e a Copa de Djibuti. Não há rebaixamento e todos os jogos são disputados no “Stade du Ville”, reformado pela FIFA e que conta com grama artificial, devido à escassez de água para a manutenção da grama natural.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Apesar de ter declarado sua independência há apenas 31 anos, há registros que atestam que Djibuti teve uma seleção formada pela primeira vez em 1947, quando perdeu da Etiópia por 5 a 0. Fundada em 1979, a federação djibutiana de futebol somente organizou sua seleção cinco anos depois e tomou outra goleada da Etiópia: 8 a 1. E foi preciso mais cinco anos para que a primeira vitória de Djibuti viesse com um 4 a 1 num amistoso disputado contra a seleção do Iêmen.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Interessante notar que, um ano antes da primeira vitória do selecionado, o Campeonato Djibutiano havia sido iniciado de forma oficial. O sistema de disputa consistiu em turno e returno com quatro participantes. O primeiro vencedor foi o Etablissements Merill, de Djibuti.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Um ano depois, a guerra civil impediu que o campeonato prosseguisse e que a seleção entrasse em campo e participasse de qualquer manifestação futebolística. Durante cinco anos a seleção nacional não jogou e foi preciso esperar até o ano 2000 para que a população de Djibuti pudesse ver o jogo da seleção no país. Porém a espera valeu a pena: a seleção nacional entrava em campo contra a República Democrática do Congo, pelas Eliminatórias da Copa de 2002, as primeiras disputadas por Djibuti na história. E conseguiu um excelente resultado, empatando em 1 a 1. No jogo de volta porém Djibuti foi eliminada da disputa da vaga na Copa perdendo por humilhantes 9 a 1. Nos anos seguintes, sempre jogando fora do país devido aos conflitos internos, a seleção djibutiana sofreu mais goleadas: 7 a 0 e 10 a 1 para Uganda e 6 a 0 para a Etiópia.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Sete anos depois de jogar pela última vez no país, Djibuti obteve seu resultado mais expressivo no cenário internacional. Pela fase preliminar das Eliminatórias da Copa de 2010, Djibuti ganhou por 1 a 0 da Somália e passou para a próxima fase da competição. Esse resultado foi a primeira vitória em um jogo oficial na história do país, fato que converteu o atacante Yassin Hussein, do CDE (Compagnie Djibouti-Ethiopie), em herói nacional.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">No âmbito doméstico, o campeonato djibutiano aumentou o número de clubes participantes de quatro para dez, sempre mantendo o mesmo sistema de disputa. O CDE, apesar de ser o clube mais popular por ter nascido dos trabalhadores da ferrovia que liga o Djibuti à Etiópia, perde em número de títulos para o Force Nationale de Police, que conta com a simpatia do governo do país.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">O resultado positivo contra a Somália, no entanto, não contribuiu para afastar de Djibuti a fama de saco-de-pancadas: depois da vitória histórica, a seleção perdeu de Uganda por 7 a 0, de Ruanda por 9 a 0, do Malawi por 8 a 1 e da República Democrática do Congo por 6 a 0, sendo esses dois últimos confrontos válidos pelo grupo 12 das Eliminatórias Africanas. Em setembro próximo, Djibuti voltará a campo para jogar contra Malawi e encerra sua participação no torneio em outubro contra o Egito.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Resta saber se os “ribeirinhos” seguirão com a sina de derrotas largas ou se conseguirão ao menos um ponto na fase de grupos das Eliminatórias, permitindo que o povo sofrido tenha maiores esperanças no futuro.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:60;" ></span><a href="http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=19396"><span style=";font-family:arial;font-size:65%;" >*Texto de minha autoria publicado na coluna "Conheça a Seleção" do site Trivela</span></a></p>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-976389978811456622008-07-23T02:09:00.003-03:002008-07-23T02:19:03.318-03:00Luto<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAET6rEZIaTf0NSbZNaxMHFue7NezSs80MulD6onrigQKy2OjxBI-xG6G27OsJS8QVj5uR5W6FYKC_OORPpnI6Dt8nujTHQTiI1hezXuBhJmtEKbCKPgiRONGpI0sXte4Ve5-caJDQszcy/s1600-h/Comentaristas.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAET6rEZIaTf0NSbZNaxMHFue7NezSs80MulD6onrigQKy2OjxBI-xG6G27OsJS8QVj5uR5W6FYKC_OORPpnI6Dt8nujTHQTiI1hezXuBhJmtEKbCKPgiRONGpI0sXte4Ve5-caJDQszcy/s320/Comentaristas.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5226074296052152370" border="0" /></a><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Não há palavras para descrever a dor que sinto.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Bom marido, filho, companheiro de discussão, amigo.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />O mundo fica mais pobre sem o Bindi.</span> <span style="font-family:arial;"><br /><br />Só fica meu agradecimento por tudo o que ele fez por mim e quanto ele me fez ver que falar de futebol é realmente muito bom.</span> <br /><br /><span style="font-family:arial;">Os textos de seleções apresentados nesse blog foram editados por ele para ir ao site Trivela.</span> <br /><br /><span style="font-family:arial;">Luiz Fernando Bindi, amigo, irmão. Fique em paz onde estiver.</span></span>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-13271488855897859212008-07-09T01:45:00.005-03:002008-07-09T01:56:56.364-03:00As camisas vermelhas do Uruguai<div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Nas oportunidades em que o Uruguai joga contra a Argentina em Buenos Aires ou quando enfrenta algum time que veste azul, a "Celeste" sempre aparece de uniforme vermelho. Esse uniforme, como todos sabem, nada tem a ver com as cores da bandeira uruguaia e não faz menção à bandeira de Artigas, libertador do país, que tem uma faixa transversal vermelha.</span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"> </div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Para entendermos o porquê de o Uruguai utilizar a camisa vermelha, devemos voltar ao ano de 1932. Depois da Copa de 1930, as relações entre as duas federações estava muito estremecida por conta do clima de guerra preparado pelos uruguaios na Final, da "freguesia" da Argentina (perdeu além da Copa de 1930 a final olímpica de 1928) e até do uso da bola na final da Copa, já que os argentinos queriam jogar com a bola fabricada na Argentina e os uruguaios queriam jogar com a bola fabricada no Uruguai.</span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Dois anos depois da final da Copa, uruguaios e argentinos marcaram um par de amistosos beneficentes. Para esquecer todo o clima de inimizade, a Associação Uruguaia de Futebol resolveu mudar a cor da camisa para apagar todo o histórico de desentendimentos com os argentinos. A Associação de Futebol Argentino aceitou de bom grado a idéia e passou a usar uma camisa inteira branca, ao invés da tradicional azul e branca.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"> </p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;"><b style="font-family: arial;"><span style="">Adoção definitiva</span></b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Eis que chega o Campeonato Sul-Americano de 1935, a ser realizado no mês de janeiro no Peru. Depois de seis anos finalmente o campeonato pôde ser organizado, com quatro seleções participantes: Argentina, Chile, Peru e Uruguai. Esse campeonato ficou conhecido como "Sul-Americano de Santa Beatriz". Santa Beatriz era o nome do bairro onde ficava localizado o Estádio Nacional de Lima. Seria disputado num sistema de todos-contra-todos e ao final a seleção que somasse mais pontos seria a campeã.</span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-family: arial;font-size:85%;" >Esse campeonato marcou a despedida da brilhante geração de jogadores que conquistou dois campeonatos sul-americanos (1924 e 1926), duas medalhas de ouro olímpicas (1924 e 1928) e um Campeonato Mundial de Futebol (1930), a "Geração Olímpica". Jogadores como o goleiro Enrique Ballestrero, o zagueiro "Capitão dos Capitães" José Nasazzi e o atacante Héctor "Manco" Castro dariam lugar a outros bons valores como Héctor Machiavello e Aníbal Ciocca, que mais tarde seria um dos maiores ídolos do Nacional. Assim como os amistosos disputados em 1932, o Uruguai jogaria as três partidas do torneio usando a camisa vermelha.</span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >No primeiro jogo, disputado no dia 13, o Uruguai entrou em campo contra os donos da casa. Quase 30 mil peruanos foram ao estádio para ajudar a seleção local a tentar se vingar da derrota sofrida no Mundial (na ocasião, o Uruguai venceu por 1 a 0). Porém, a ajuda não valeu muita coisa: o Uruguai venceu novamente por 1 a 0, gol de "Manco" Castro, aos 35 minutos do segundo tempo. Uma semana antes, a Argentina, que lutava pelo tri-campeonato, goleou o Chile por 4 a 1.</span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">No segundo jogo, disputado no dia 18, a "Celeste" entrou em campo contra o Chile, que veio precisando da vitória para não se despedir prematuramente do torneio. Quase 15 mil pessoas compareceram ao Estádio Nacional e viram o Uruguai sair na frente com um gol de Ciocca. Logo no início do segundo tempo os chilenos empataram. No entanto, um minuto depois Ciocca novamente marca e determina a vitória uruguaia.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"> </p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-family: arial;font-family:arial;font-size:85%;" >Dois dias depois, a Argentina, frente a cerca de 21 mil pessoas, aplica outra goleada, dessa vez contra os donos da casa: 4 a 1. A Argentina, assim como o Uruguai, somava 4 pontos no torneio enquanto chilenos e peruanos ainda não haviam pontuado.</span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >No dia 26, os eliminados Peru e Chile entraram em campo para decidir quem ficaria com o terceiro lugar do torneio. Frente a cerca de 12 mil pessoas, a seleção local venceu por 1 a 0, gol de Montellanos.</span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span><br /></div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">No dia seguinte, estava marcada a "Final" do torneio entre argentinos e uruguaios. Pelo futebol vistoso mostrado nos dois jogos, a Argentina era considerada franca favorita ao título, já que contava com jogadores completamente diferentes daqueles que disputaram a final da Copa de 1930. Além disso, era óbvio que os argentinos queriam devolver as derrotas sofridas nas Olimpíadas e no Mundial.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">O jogo começou e 30 mil peruanos viram o Uruguai passear ainda no primeiro tempo: em pouco menos de vinte minutos, "Manco" Castro, Taboada e Ciocca fazem 3 a 0 para a "Celeste" e liquidam o jogo. Aos argentinos restou aprender um pouco com a classe de Nasazzi e Castro e aguardar pelo término da partida.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">No dia seguinte, a imprensa uruguaia exaltou a técnica e a raça do time, cunhando um termo que até os dias de hoje é utilizado: "Garra Charrúa". Como forma de lembrar dos feitos daquela geração, no ano de 1991 a Associação Uruguaia de Futebol formalizou a adoção do segundo uniforme da seleção uruguaia com a camisa vermelha.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"> </p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: arial;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Foto do Uruguai Campeão Sul-Americano de 1935:</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlbTXpqWP1Upj2tVbjWZa0Bk1KlGNVWqEqYpaa9fKqb8GlIIFJ5bzgPak6Kmvg_LnFk8rHZj-b9alAErINoL_w44xUgwG_a2C3G6o-3yzgdxtbbozlKW-15XgfO7A9wF0P_-0Hjpy9Hb1f/s1600-h/g6f1.gif"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlbTXpqWP1Upj2tVbjWZa0Bk1KlGNVWqEqYpaa9fKqb8GlIIFJ5bzgPak6Kmvg_LnFk8rHZj-b9alAErINoL_w44xUgwG_a2C3G6o-3yzgdxtbbozlKW-15XgfO7A9wF0P_-0Hjpy9Hb1f/s320/g6f1.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5220872451036490098" border="0" /></a><br /><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-style: italic; font-weight: bold;font-size:78%;" ><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-style: italic; font-weight: bold;font-size:78%;" ><br /></span></p><p class="MsoNormal" face="arial" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-style: italic; font-weight: bold;font-size:78%;" ><br /></span></p><p class="MsoNormal" face="arial" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-style: italic; font-weight: bold;font-size:78%;" ><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-style: italic; font-weight: bold;font-size:78%;" ><br />Crédito: La República (<a href="http://www.larepublica.com.uy/">www.larepublica.com.uy</a>)</span><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size:85%;"><b><span style="">Curiosidades:</span></b><br /><br /></span><span style="font-size:85%;">- Os quatro times que fizeram parte do Sul-Americano de 1935 estiveram presentes na Copa de 1930. E além de Uruguai x Peru, Argentina x Chile reeditaram um confronto daquela Copa, jogo em que os argentinos venceram por 3 a 1;</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size:85%;">- Alguns jogadores da Argentina que fizeram parte do time vice-campeão seriam reconhecidos como ídolos de diferentes clubes: Sastre fez história no Independiente e no São Paulo, Minella foi o técnico do River Plate nos tempos de "La Máquina" e Masantonio é até hoje o maior goleador da história do Huracán;</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p class="MsoNormal" face="arial" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size:85%;">- Apesar de figurar nos registros históricos da Conmebol como Campeonato Sul-Americano, não houve entrega de troféu ao campeão;</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p class="MsoNormal" face="arial" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size:85%;">- O campeão desse torneio se classificaria para disputar as Olimpíadas de 1936, em Berlim. No entanto, nem o Uruguai nem a Argentina compareceram, por questões financeiras. O Peru foi o representante do futebol sul-americano.</span></p>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-50050929540072947662008-06-25T00:10:00.023-03:002008-06-25T00:49:45.184-03:00Maldivas: Existe futebol no paraíso<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinLPwwi_iuR9VpMZMcI_mvX_LUerXGhSdUWpU8ecIZDoQCnDPojnyEzWcr62jdKt-_bKMSl3TDuIVTPYtMoGrHnZNF4r5PyQKwVNr6sGY78uNFZP0E7Y9jhleI-qZp7rn7xClvjV3GvBDd/s1600-h/maldivas.gif"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinLPwwi_iuR9VpMZMcI_mvX_LUerXGhSdUWpU8ecIZDoQCnDPojnyEzWcr62jdKt-_bKMSl3TDuIVTPYtMoGrHnZNF4r5PyQKwVNr6sGY78uNFZP0E7Y9jhleI-qZp7rn7xClvjV3GvBDd/s320/maldivas.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5215658929285091346" border="0" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Um dos poucos lugares do planeta que ainda conservam seu estado natural. Cerca de 1,2 mil ilhas com praias semidesertas e reluzentes, lagoas do mais limpo azul-turquesa, recifes de corais repletos de peixes e exuberantes palmeiras. Esse é o arquipélago de Maldivas, considerado por muitos como a própria filial do paraíso na Terra. Em uma de suas inúmeras viagens pela Ásia, Marco Pólo a nomeou “Flor das Índias”.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Do total de ilhas que fazem parte do país, 200 concentram a grande maioria da população local e cerca de 70 foram adaptadas exclusivamente para atender ao crescente número de turistas que visita a região para descanso. Para quem procura um lugar tranqüilo, caloroso e excelente para a prática de esportes náuticos, o país, localizado ao sul da Índia, é uma ótima recomendação.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Em dezembro de 2004, Maldivas tornou-se famosa por um fato terrível: as imagens que correram o mundo mostrando um terrível terremoto cujo epicentro ocorreu no Oceano Índico. Desse terremoto, surgiu uma série de ondas gigantes conhecidas como tsunamis. Apesar de o abalo ter ocorrido a milhares de quilômetros do arquipélago, os tsunamis chegaram a Maldivas e inundaram dois terços da capital do país, Malé.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Os tsunamis fizeram a população lembrar-se de um antigo presidente de Maldivas, que certa vez afirmou que vivia em uma nação em perigo, por conta das enchentes constantes. Em tempos de preocupações com o aquecimento global, qualquer alteração climática na região seria devastadora para a população local, já que a altitude de praticamente todas as ilhas do país não ultrapassa os dois metros.<o:p></o:p></span></p> <h5 style="font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Início difícil e progresso contínuo<o:p></o:p></span></h5> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Os registros históricos do país atestam que o futebol em Maldivas começou a ser praticado na década de 1940, quando o local ainda era um protetorado britânico. No entanto, o primeiro jogo oficial da seleção do país aconteceu somente em 1979, três anos antes da fundação da federação de futebol local. Na ocasião, as ilhas disputaram pela primeira vez o torneio de futebol dos Jogos das Ilhas do Oceano Índico. No primeiro jogo, contra Seychelles, sofreu uma fragorosa derrota por <st1:metricconverter productid="9 a" st="on">9 a</st1:metricconverter> 0.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Apesar da estréia pouco animadora, o governo de Maldivas fundou uma federação de futebol, vislumbrando um potencial de crescimento do esporte para as gerações seguintes. Por influência dos turistas, o futebol, que já era muito praticado nas praias do país, se fortaleceu ainda mais e tornou-se o esporte mais popular do arquipélago.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Após 15 anos sem disputar torneios de grande expressão, Maldivas voltou a reunir sua seleção para disputar torneios oficiais em 1996. No ano seguinte, em jogos válidos pelas eliminatórias para a Copa do Mundo da França, Maldivas realizou uma das piores campanhas já registradas por um país na história: em seis jogos, a seleção levou 59 gols e não fez nenhum. Os resultados mais dilatados foram duas derrotas para a Síria por <st1:metricconverter productid="12 a" st="on">12 a</st1:metricconverter> 0 e uma por <st1:metricconverter productid="17 a" st="on">17 a</st1:metricconverter> 0 para o Irã (que mais tarde se classificaria para a Copa).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Mesmo assim, o governo continuou a incentivar o desenvolvimento do futebol na região, e a associação local firmou uma parceria com a Fifa. Com a verba destinada pelo máximo órgão do futebol mundial, a associação pôde investir em melhorias na infra-estrutura das instalações esportivas do país. Assim, os investimentos retornaram em forma de um melhor nível técnico: a seleção de Maldivas chegou à final do Campeonato de Futebol do Sudeste Asiático e atingiu um feito histórico: um empate sem gols com a Coréia do Sul, que havia recentemente sido quarta colocada da Copa de 2002.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Em <st1:metricconverter productid="2008, a" st="on">2008, a</st1:metricconverter> seleção maldívia entrou em campo para disputar a primeira rodada das eliminatórias da Copa de 2010 contra o Iêmen. E por pouco não fez história novamente: ganhou o jogo de volta por <st1:metricconverter productid="2 a" st="on">2 a</st1:metricconverter> 0, após ter perdido por <st1:metricconverter productid="3 a" st="on">3 a</st1:metricconverter> 0 o jogo de ida. Por apenas dois gols, o sonho de avançar nas eliminatórias foi adiado por mais quatro anos. Diante dos bons resultados à frente da seleção, o técnico eslovaco Joseph Jankech foi mantido no cargo.<o:p></o:p></span></p> <h5 style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:100%;">Liga atrativa e domínio da capital<o:p></o:p></span></h5> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">A Liga de Maldivas é organizada desde 1983 e tem um sistema interessante de disputa: na primeira fase, oito times se enfrentam em turno único. Desses oito, seis são da capital e os outros dois vêm das outras ilhas do país. Na segunda fase, seis times seguem na briga pelo título e jogam entre si em dois turnos. O time que somar maior número de pontos sagra-se campeão nacional e ganha o direito a disputar a AFC Cup – torneio criado pela Confederação Asiática de Futebol que envolve clubes dos países de ‘segundo escalão’ (com futebol ‘em desenvolvimento’, de acordo com a AFC).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p>Como Maldivas tem direito a duas vagas na AFC Cup, o outro representante é o campeão da FA Cup. Disputado no sistema de copa, esse torneio foi criado para possibilitar a participação de todos os clubes existentes no país, profissionais ou não, no cenário esportivo maldívio.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p>Apesar da participação dos clubes de todo o arquipélago, os maiores campeões maldívios estão localizados <st1:personname productid="em Malé. Com" st="on">em Malé. Com</st1:personname> 10 títulos nacionais, o recordista é o Victory, clube mais antigo do país, com maior número de torcedores e detentor de um slogan peculiar: “O nome diz tudo”. Com sete títulos, o New Radiant vem logo após o Victory tanto em títulos quanto em torcida. É a maior rivalidade do futebol maldívio e, não raro, o estádio nacional costuma lotar quando acontece um jogo entre os dois times.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p>No entanto, o clube em que os principais craques maldívios jogam é o VB Sports. Em 2007, um grupo de empresários tomou a frente da administração do clube e promoveu uma série de contratações para reforçar o time. Titulares absolutos da seleção como Ali Umar, Ali Ashfaq e Mohamed Nizam negociaram sua ida para o VB e já ajudaram o time a conquistar o primeiro título: a FA Cup de 2008.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p>Pelo visto, Victory e New Radiant podem começar a se preocupar. Um novo clube pode realizar grandes clássicos com eles num futuro próximo.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=";font-family:Arial;font-size:60%;" ><a href="http://euro.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=19257">*Texto de minha autoria publicado na coluna "Conheça a Seleção" do site Trivela</a></span><o:p></o:p></p>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-73625248736717071732008-06-17T04:32:00.021-03:002008-07-09T00:12:09.123-03:00A imigração japonesa no futebol brasileiro<div style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Nessa semana, mais precisamente no dia 18, comemora-se de forma oficial o centenário da imigração japonesa no Brasil. Nem é preciso fazer muito esforço para sabermos disso, até porque por onde passamos existe uma obra de arte, uma revista ou algum tipo de exposição que nos faz lembrar essa importante data.</span></div><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Os japoneses, sem dúvida alguma, contribuíram e muito para a formação da cultura brasileira no século 20. Para quem ainda duvida disso, basta lembrar da influência e da popularidade da culinária, das artes e da religião nipônicas no nosso país, sobretudo <st1:personname productid="em São Paulo" st="on">em São Paulo</st1:personname>, região que concentra maior número de japoneses e seus descendentes.<o:p></o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p></o:p>Lendo sobre isso em alguns sites, faltava enumerar a presença dos japoneses também no nosso futebol. Apesar de não ser tão popular no Japão quanto no Brasil, o futebol jogado pelos japoneses e descendentes em terras tupiniquins não se resume somente a Kazu, bom atacante que se tornou famoso nos nossos gramados jogando em diversos clubes como Santos, Palmeiras e Coritiba.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Abaixo listamos alguns jogadores, do passado e do presente, japoneses ou descendentes deles, que fizeram das quatro linhas o seu local de trabalho. Famosos ou não, de certa forma também gravaram seu nome na história do nosso futebol.</span></span><br /></div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">***<br /><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" ><br />Sérgio Echigo</span><o:p style="font-family: arial;"></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Nascido em 1945 <st1:personname productid="em São Paulo" st="on">em São Paulo</st1:personname>, Echigo jogou no Corinthians nos anos de 1963 e 1964. Segundo o “Almanaque do Corinthians”, de Celso Unzelte, jogou 11 partidas pelo time do Parque São Jorge, com sete vitórias, quatro empates e nenhuma derrota.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Talvez o primeiro descendente de japoneses a jogar profissionalmente no Brasil, Echigo teve como companheiro no Corinthians ninguém menos que Roberto Rivellino. Mais: o famoso drible “elástico” que Rivellino popularizou pelo mundo afora foi uma invenção de Echigo, segundo o próprio “Reizinho”. Depois do Corinthians, Echigo teve uma passagem pelo Bragantino e foi para o Japão, onde jogou no <span class="arial12text">Touwa Fudosan, que depois ganhou o nome de Shonan Bellmare. Nesse time jogam atualmente os ex-santistas Adiel e Jean.<o:p></o:p></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><o:p style="font-family: arial;"></o:p><span style="font-family:arial;">Atualmente, Echigo é um comentarista de sucesso na televisão japonesa. Além disso, também é manager de uma equipe de hóquei no gelo. Abaixo, segue uma foto de um time de aspirantes do Corinthians onde ele aparece no mesmo time que o então menino Rivellino. Echigo é o primeiro agachado da esquerda para a direita.</span><o:p></o:p></span></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><div style="text-align: justify;"><p style="text-align: left;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtt9l7H5t2-qon8tsGVKyLVMdxoDARZM_Jo6YFvXKIj4mfo8btEezh_OIB9ZGuDkuAqVJrr5OfALKu4PUngizQEilmcvuVy0fbhmPYTUD6tgY6TI0c8Bkg2huKMFWOccyJQ1F4OEIYkr4u/s1600-h/67968_1.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 361px; height: 243px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtt9l7H5t2-qon8tsGVKyLVMdxoDARZM_Jo6YFvXKIj4mfo8btEezh_OIB9ZGuDkuAqVJrr5OfALKu4PUngizQEilmcvuVy0fbhmPYTUD6tgY6TI0c8Bkg2huKMFWOccyJQ1F4OEIYkr4u/s320/67968_1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212751535109576210" border="0" /></a></span></p> <span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><span style="font-family:arial;"><br /></span></span></span><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><span style="font-family:arial;"></span></span></span><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><span style="font-family:arial;"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Crédito da foto: Site Oficial Milton Neves (</span><a style="font-family: arial;" href="http://www.miltonneves.com.br/">www.miltonneves.com.br</a><span style="font-family:arial;">)<br /><br />***</span><o:p></o:p></span></span><br /></div><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style=""> </span></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;">Kazu</span><o:p></o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Nascido em Shizouka em 1967, Kazuyoshi Miura veio ao Brasil com 15 anos com um objetivo na cabeça: jogar futebol. Contrariando a família, que queria vê-lo formado numa faculdade e trabalhando num emprego convencional, Kazu começou sua carreira atuando como “Junior” no Juventus da Mooca em 1982. Três anos depois, foi o primeiro japonês a participar da Taça São Paulo de Futebol Junior (hoje Copa São Paulo de Futebol Junior). Vendo alguns jogos do time da capital, dirigentes do Santos resolveram contratá-lo para fazer parte do time que disputaria o Campeonato Paulista de 1986.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">A partir disso, Kazu passou pelo Palmeiras, Matsubara, CRB, XV de Jaú (onde fez um gol histórico contra o Corinthians pelo Paulistão de 88), voltou ao Santos e no final de sua carreira no Brasil jogou no Coritiba. Em 1990, já com status de celebridade, voltou para o Japão, onde jogou no Verdy Kawasaki (atual Tokyo Verdy) por cinco anos. Nesse período, Kazu atingiu a plenitude de sua forma física e ajudou muito a Seleção Japonesa nas Eliminatórias para a Copa de 94, embora ela não tenha se classificado para a fase final do torneio. No seu país, era admirado pelos técnicos e idolatrado pelos torcedores. Na esteira do enorme sucesso, despertou o interesse do Genoa da Itália. Não tendo se adaptado ao futebol italiano, voltou ao Verdy por onde jogaria por mais três anos. Na última vez em que foi notícia por aqui, Kazu jogava pelo Sydney no Campeonato Mundial de Clubes de 2005, vencido pelo São Paulo.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Multi-premiado e consagrado no seu país, Kazu tem cadeira cativa na mídia local, onde atua como consultor e comentarista de televisão. A trajetória dele no Japão é vista como um grande alento para jovens jogadores que um dia sonham em brilhar nos gramados. Naturalmente, Kazu tem uma forte influência brasileira por conta do tempo que atuou por aqui. Fala normalmente o português, seu site oficial chama-se “Boa Sorte Kazu” e é detentor do título do “Cidadão Jauense”, além de ter doado cerca de US$ 100.000 para a reconstrução do estádio do XV de Jaú.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwoOFDjE0McSFr_0tSSoU6y65M7aHA3fQwP3R3XVWnMN37RXAkshRLr2Ra-9VlzPAhE0vNFNsd1GaAfWJCLsQavwIjA508LU7sYBt8GtJ5DCYUfbJgs1Tl_1_7C5j6jLaTzcM8pTW9kvps/s1600-h/b2-1.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 156px; height: 156px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwoOFDjE0McSFr_0tSSoU6y65M7aHA3fQwP3R3XVWnMN37RXAkshRLr2Ra-9VlzPAhE0vNFNsd1GaAfWJCLsQavwIjA508LU7sYBt8GtJ5DCYUfbJgs1Tl_1_7C5j6jLaTzcM8pTW9kvps/s320/b2-1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212751284257739458" border="0" /></a></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style=""> </span></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><span style="font-family:arial;">Crédito da foto: Site Oficial Kazu Miura (</span><a style="font-family: arial;" href="http://www.kazu-miura.com/">www.kazu-miura.com</a><span style="font-family:arial;">)</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">***</span><br /><o:p style="font-family: arial;"></o:p></span></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><o:p> </o:p></span></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><o:p> </o:p></span></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><span style="font-weight: bold;">Paulinho Kobayashi</span></span><span style=""> </span><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Nascido em Osasco em 1970, Paulinho Kobayashi foi revelado pelo Palmeiras, mas começou sua carreira profissional no recém-inaugurado São Caetano do final da década de 80. Ali jogou ao lado de Serginho Chulapa, Luis Pereira e o goleiro Serginho. Por lá ficou até 1992, quando se transferiu para a Portuguesa. As boas atuações no time do Canindé lhe valeram uma proposta para atuar no Santos, onde é lembrado até hoje por alguns torcedores. Lá atravessou a melhor fase da carreira e se transferiu para o Atlético Paranaense.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Em Curitiba não repetiu as mesmas atuações que tivera pelo Santos. Desde então passou por Vitória, Caxias e América potiguar. Em 1999, se transferiu para a Grécia, onde permaneceu por cinco anos. No seu retorno, defendeu o Vila Nova de Goiás, União São João e novamente o América potiguar. Atuando pelo “Mecão”, foi um dos responsáveis que levaram o América de volta à elite do futebol brasileiro em 2006.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">No ano passado, Paulinho Kobayashi atuou pelo Brasiliense na disputa da Série B. Mas no final do ano ele acertou seu desligamento do time de Luiz Estevão e aguarda uma nova oportunidade para atuar.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTdFTb2haqjEtvkUOG4alDeR7BdH9Fr477KIb3qcS1Byzxcfa6648VPAG07HQwmP8afrfByKB688ZmDBJbw84DRos7LramZzNdDuB7HLpwPAafaLrIJ2EBafA2XtvKhYYyq_Z79DqYsnYE/s1600-h/kobayashi_abre.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 197px; height: 237px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTdFTb2haqjEtvkUOG4alDeR7BdH9Fr477KIb3qcS1Byzxcfa6648VPAG07HQwmP8afrfByKB688ZmDBJbw84DRos7LramZzNdDuB7HLpwPAafaLrIJ2EBafA2XtvKhYYyq_Z79DqYsnYE/s320/kobayashi_abre.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212751997043140562" border="0" /></a></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><span style="font-family:arial;">Crédito da foto: Site Gazeta Esportiva.Net (</span><a style="font-family: arial;" href="http://www.gazetaesportiva.net/">www.gazetaesportiva.net</a><span style="font-family:arial;">)</span></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text">***<br /></span></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;">Maezono e Sugawara</span><o:p></o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Em meados dos anos 90, algumas transações envolvendo jogadores de nacionalidades poucos comuns para o futebol brasileiro aconteceram com certa freqüência. Quem não se lembra dos sul-africanos Mark Fish e Williams jogando pelo Corinthians e Kennedy atuando pelo Santos? E do goleiro camaronês William Andem atuando pelo Bahia?</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Apesar de Kazu ter feito relativo sucesso por aqui, não é todo o dia que vemos jogadores japoneses atuando no Brasil. E o Santos uma vez mais decidiu apostar nos nipônicos, trazendo o atacante Masakiyo Maezono e o volante Tomo Sugawara. Os dois jogadores foram sugeridos pelo então técnico do Peixe, Emerson Leão, que havia observado os dois jogadores enquanto trabalhou no Verdy Kawasaki de Tóquio.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Atualmente com 35 anos, Maezono fez parte da Seleção Japonesa que em 1996 derrotara o Brasil pelas Olimpíadas de Atlanta, no chamado “Milagre de Miami”. Essa vitória fez com que seu nome ficasse em evidência tanto no Japão quanto no mundo. Daí para a indicação de Leão foi apenas uma questão de tempo. E sua estréia no Santos não poderia ter sido melhor: um minuto após ter entrado em campo, fez o gol do time litorâneo no empate com a Portuguesa pelo Brasileirão de 1998.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Apesar do gol e da promessa de bom futebol, em 1999 Maezono vai para o Goiás e depois para o Bahia, sem o mesmo brilho do Verdy. No ano seguinte ele voltou ao Japão, onde encerraria sua carreira em 2005.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Sugawara veio para o Santos para jogar no meio-campo, mas teve poucas atuações, não agradou ao técnico Leão e voltou para o Japão, onde jogou por cinco anos no Vissel Kobe e atualmente defende o Tokyo Verdy, mesmo clube do ex-são-paulino Leandro. Talvez tenha saído do Brasil por não ter mais agüentado os inevitáveis trocadilhos feitos com o seu sobrenome.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPPSQlaa897Yjn-fVU9TddtoqWjXjDupycD9hfAwOSonYi-C-X4QOj6EqvhtRe4N4d1Ltiq0mE5igUg8F21hc2zrA9JZTwNvPp53qrRUsu96TVKWWfY9h2eUSI05NeqQF7yRXPwGcf8ZfI/s1600-h/santos.gif"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 144px; height: 144px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPPSQlaa897Yjn-fVU9TddtoqWjXjDupycD9hfAwOSonYi-C-X4QOj6EqvhtRe4N4d1Ltiq0mE5igUg8F21hc2zrA9JZTwNvPp53qrRUsu96TVKWWfY9h2eUSI05NeqQF7yRXPwGcf8ZfI/s320/santos.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212752364123087826" border="0" /></a></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:78%;"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:78%;"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:78%;"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:78%;">Maezono atuando pelo Santos</span></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><span style="font-family:arial;">Crédito da foto: Agência Estado</span></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal">***<br /><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><o:p></o:p></span></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><o:p> </o:p></span></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;">Sandro Hiroshi</span><o:p></o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Formado no Tocantinópolis e revelado para o futebol atuando pelo Rio Branco de Americana, Sandro Hiroshi se transferiu ao São Paulo em 1999 para defender o time da capital no Campeonato Brasileiro daquele ano.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Acabou ficando mais conhecido pelo escândalo que envolveu a adulteração de sua idade do que propriamente pelo nível do seu futebol. O “Caso Sandro Hiroshi” envolveu perda de pontos de alguns times, bem como a salvação do rebaixamento de outros. Como conseqüência disso, a CBF solicitou ao Clube dos 13 que organizasse o Campeonato Brasileiro de <st1:metricconverter productid="2000. A" st="on">2000. A</st1:metricconverter> Copa João Havelange nasceu aí.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Depois de toda a confusão, Sandro Hiroshi continuou jogando no São Paulo até 2001, onde perdeu espaço para novos jogadores como Kaká, Julio Baptista e Fábio Simplício e foi cedido ao Flamengo. Depois se transferiu para o Figueirense, Al-Jazira, dos Emirados Árabes, Guarani, Daegu e Chunnam Dragons da Coréia, onde joga atualmente. Está com 28 anos.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjum5GDrn2p4TW-s4rtn0itLFvU8aKxfSHf6GzJjcZ_dKI2xpZ4NLVbgQU3Z8xkYDCb_Wl420smJ9XbwOJZMcB0e1U6ODKqdbWUtz0D0-Ppitm0sf32a1FzkBXODsjcBgqEOG2P9LJfh-i5/s1600-h/brasileiro-4.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjum5GDrn2p4TW-s4rtn0itLFvU8aKxfSHf6GzJjcZ_dKI2xpZ4NLVbgQU3Z8xkYDCb_Wl420smJ9XbwOJZMcB0e1U6ODKqdbWUtz0D0-Ppitm0sf32a1FzkBXODsjcBgqEOG2P9LJfh-i5/s320/brasileiro-4.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212752971066279026" border="0" /></a></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text">Crédito da foto: </span></span><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text">JB online (<a href="http://www.jbonline.terra.com.br/">www.jbonline.terra.com.br</a>)</span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">***<br /></span><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><o:p></o:p></span></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;">Rodrigo Tabata</span><o:p></o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Nascido em Araçatuba em 1980, Tabata andou por muitos clubes até realmente despontar para o futebol em 2004 no Goiás, onde era considerado um bom armador de jogadas e eventualmente fazia gols. Foi um dos responsáveis pela excelente campanha do time do planalto central no Brasileirão de 2005, quando o Goiás terminou em terceiro lugar e se classificou para a Libertadores da América. Seu bom futebol rendeu uma transferência para o Santos, onde conquistou os títulos paulistas de 2006 e 2007.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Atualmente não vive um bom momento no Santos e pode ser negociado.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiui_Zs4LYVoIlgc-oJurudadXNwEOXNwbwyCFG6g91zsb6i-N_HJWNO4AFjJ-ud8PBfGUJEiIuSr6U0QEr6nudYckB_GYwRvof-lEWBClpWsJT9bbvmdN24cjvIzpU0nnmJSdRbh2252r_/s1600-h/tabata.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 260px; height: 173px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiui_Zs4LYVoIlgc-oJurudadXNwEOXNwbwyCFG6g91zsb6i-N_HJWNO4AFjJ-ud8PBfGUJEiIuSr6U0QEr6nudYckB_GYwRvof-lEWBClpWsJT9bbvmdN24cjvIzpU0nnmJSdRbh2252r_/s320/tabata.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212753139928827938" border="0" /></a></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text">Crédito da foto: </span></span><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text">Globo Esporte.com (<a href="http://www.globoesporte.com/">www.globoesporte.com</a>)</span></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal">***<br /><span style="font-size:85%;"><span class="arial12text"><o:p></o:p></span></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;">Pedro Ken</span><o:p></o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Meia-atacante habilidoso formado nas categorias de base do Coritiba, Pedro Ken foi um dos principais responsáveis pela volta do Coritiba à Série A nesse ano. É considerado uma das principais revelações do futebol paranaense dos últimos tempos e foi convocado no ano passado para a Seleção Brasileira Sub-20 para um amistoso realizado no final do ano contra os melhores do Brasileirão.</span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="font-family: arial; text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Apesar de ter treinado com o grupo para participar do Mundial Sub-20 do Canadá no ano passado, Ken, de 20 anos, não foi convocado. Nesse ano, sofreu uma grave contusão no joelho direito e não defenderá mais o Coritiba no Brasileirão.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg74UyX1izdcMVoXsdTQJvCOKPHbwbJK9WD81zkWch_KTEQrz6stqx4VrkkoK864ShGkFrXd8ZvzsV9Ayf4u1zO-5eKOePNgeuczko1QAmOstumALbxMEPqRyBKcc8eiygzsuWbe57QZ1Dj/s1600-h/pedro-dc091041.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 177px; height: 244px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg74UyX1izdcMVoXsdTQJvCOKPHbwbJK9WD81zkWch_KTEQrz6stqx4VrkkoK864ShGkFrXd8ZvzsV9Ayf4u1zO-5eKOePNgeuczko1QAmOstumALbxMEPqRyBKcc8eiygzsuWbe57QZ1Dj/s320/pedro-dc091041.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5212753366456376530" border="0" /></a></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify; font-family: arial;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span class="arial12text" style="font-size:85%;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span class="arial12text" style="font-size:85%;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span class="arial12text" style="font-size:85%;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span class="arial12text" style="font-size:85%;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span class="arial12text" style="font-size:85%;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span class="arial12text" style="font-size:85%;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:arial;" class="MsoNormal"><span class="arial12text" style="font-size:85%;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span class="arial12text"><br /></span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span class="arial12text"><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" ><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span class="arial12text"><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Crédito da foto: Site oficial do Coritiba (<a href="http://www.coritiba.com.br/">www.coritiba.com.br</a>)</span></span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:78%;"><a style="font-family: arial;" href="http://desenvolvimento.miltonneves.com.br/Noticias/Conteudo.aspx?ID=72506">Texto publicado no site do Jornalista Milton Neves</a></span><br /><span class="arial12text"><o:p></o:p></span></p>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-40876781637460111702008-06-03T02:21:00.005-03:002008-06-03T02:30:09.635-03:00O dia em que a Argentina calou a Bombonera<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Em tempo de Libertadores, sempre o estádio do Boca Juniors aparece com a fama de ser quase inexpugnável. Raras equipes conseguiram sair com um triunfo de lá, ainda mais as estrangeiras. A conhecida frase “A Bombonera não treme, pulsa” é velha conhecida de todos nós.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">No entanto, há pouco menos de quarenta anos, um time ousou desafiar a mística do estádio argentino e comemorou a classificação para a Copa do Mundo nesse campo. A seleção peruana, comandada pelo brasileiro Didi, empatou por 2 a 2 com o selecionado platino e assegurou pela primeira vez o direito de ir a uma Copa. Até hoje, o resultado é considerado como uma das maiores façanhas do futebol peruano em todos os tempos.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Os vídeos e o texto abaixo procuram mostrar ao leitor depoimentos dos jogadores peruanos e detalhes do jogo, do estádio e do clima daquele 31 de outubro de 1969.</span></span><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" ><span style="font-family:arial;">Contexto histórico</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">O regime militar vigorava na Argentina desde 1966, sob o comando do general Juan Carlos Onganía. Desde o golpe que deu origem à ditadura, o governo interferiu diversas vezes sobre a AFA (Associação de Futebol Argentino) nomeando interventores para cuidar dos interesses da agremiação. Em 1969, quatro interventores passaram pela AFA. Um deles, Armando Ruiz convidou Humberto Maschio para treinar a Argentina visando a classificação para a Copa do Mundo de 1970. Maschio foi um dos maiores nomes do Racing e Ruiz era intimamente ligado ao time azul e branco de Avellaneda.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Para preparar-se melhor, a Argentina enfrentou o Paraguai e o Chile. Com 3 empates e uma vitória, Maschio sentiu-se pressionado e envergonhado e demitiu-se. Armando Ruiz, perdendo força na AFA, também renunciou. Para o seu lugar veio Aldo Porri, que indicou nada menos que Adolfo Pedernera, lendário jogador que formou com Di Stéfano, Labruna, Losteau e Moreno a fantástica linha de ataque do River Plate da década de 40.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">No entanto, Pedernera começou mal as Eliminatórias: perdeu por 3 a 1 para a Bolívia, em La Paz. Uma semana depois, sofreu nova derrota diante do Peru por 1 a 0. No jogo da volta contra a Bolívia, a Argentina ganhou por 1 a 0, resultado muito contestado pelos bolivianos, já que o gol nasceu de um pênalti inexistente.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Assim, a Argentina tinha 2 pontos, contra 4 da Bolívia e do Peru. Para classificar-se à Copa, a Argentina teria de vencer o time peruano e provocar assim um triplo empate, onde a classificação seria disputada em campo neutro. Qualquer outro resultado colocava o time de Didi no México.<br /><br />PARTE 1:<br /><br /><object height="355" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/_45_NsctERM&hl=en"><param name="wmode" value="transparent"><embed src="http://www.youtube.com/v/_45_NsctERM&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" height="355" width="425"></embed></object><br /><br />PARTE 2:<br /><br /><object height="355" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/hB6xt2roBX0&hl=en"><param name="wmode" value="transparent"><embed src="http://www.youtube.com/v/hB6xt2roBX0&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" height="355" width="425"></embed></object><br /><br />PARTE 3:<br /><br /><object height="355" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/gJyNr_0N7tU&hl=en"><param name="wmode" value="transparent"><embed src="http://www.youtube.com/v/gJyNr_0N7tU&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" height="355" width="425"></embed></object><br /><br /></span></span><br /><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" ><span style="font-family:arial;">O jogo</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Contando com “La Bombonera” completamente lotada, a Argentina pressionou o Peru desde o primeiro minuto. No entanto, parou nas mãos seguras do goleiro Rubiños, que depois foi apontado pelos companheiros como um dos melhores em campo. Pouco a pouco, os peruanos começaram a levar perigo, principalmente nos lançamentos buscando a rapidez de Oswaldo “Cachito” Ramírez. Mas o primeiro tempo terminou sem gols.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">No segundo tempo, a Argentina viria ainda mais desesperada para conseguir um gol e abriu espaços para os ataques rápidos do Peru. De tanto pressionar, o Peru abriu o marcador com Ramírez, aos 8 minutos do segundo tempo. Jogada rápida, pela ponta esquerda, passando como um foguete pelo meio da zaga argentina.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">O gol desesperou ainda mais os argentinos, que nervosos, não conseguiam trocar passes curtos e sofriam com a velocidade de Cubillas e Ramirez. Cejas, sempre atento, evitava o pior.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Aos 33 minutos, por meio de um pênalti extremamente duvidoso, a Argentina empata e faz a Bombonera acreditar que a vitória era possível. Mas, dois minutos depois, novamente Ramírez desempata o jogo, aproveitando uma intercepção de Cubillas no meio de campo. “Cachito” ganha na corrida de ninguém menos que Roberto Perfumo e chuta cruzado. Cejas ainda toca na bola, mas não consegue desviá-la: 2 a 1 Peru.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Aos 42 minutos, depois de bela jogada coletiva, Rendo empatou para a Argentina e correu com a bola para o centro do campo, num ato de pressa e desespero. No último minuto, Brindisi vira o jogo para a Argentina, mas o gol é corretamente anulado pela arbitragem, já que o meio-campista entrou com tudo em Rubiños derrubando-o com falta.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Logo após a cobrança da falta, o árbitro chileno Rafael Hormazábal encerrou o jogo. A festa peruana era incrível. O silêncio da torcida argentina e o choro dos jogadores também. Aquela derrota punha fim ao sonho de uma geração vencedora comparecer a uma Copa do Mundo. Cejas, Pachamé, Daniel Onega e Rendo nunca mais iriam a uma Copa.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Os times foram os seguintes:</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Argentina: Cejas; Gallo, Perfumo, Albrecht, Marzolini; Rulli, Brindisi, Pachamé, Marcos; Yazalde e Tarabini.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Peru: Rubiños; Campos, De la Torre, Chumpitaz, Risco; Challe, Cruzado, Baylón, León; Cubillas e Ramírez.</span></span><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" ><span style="font-family:arial;">Pós-Jogo</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Após o jogo e a classificação, o Peru foi sorteado para o grupo 4 da Copa e ficou em segundo lugar num grupo que tinha a Alemanha Ocidental, o Marrocos e a Bulgária. Acabou em segundo lugar e enfrentou o Brasil nas quartas-de-final da Copa. Mas isso já é uma outra história...<br /><br /></span></span></div>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-84335380386659332592008-05-26T22:19:00.003-03:002008-06-24T23:45:47.873-03:00Samoa: Atrás não só no fuso<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-96i1caGo8__E_dXBhgo0iN7SrJfweO4oRNUMtSzZZJYuNouYZiqsfd5wJvtoZUKRFZTg_aKhD8gPB9mfnJI5h0yTqlbSQbkxx4fLgssno7Opw28bJgAjF_C0D4zE7XOdea_hLV3vF2DV/s1600-h/Samoa.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 133px; height: 129px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-96i1caGo8__E_dXBhgo0iN7SrJfweO4oRNUMtSzZZJYuNouYZiqsfd5wJvtoZUKRFZTg_aKhD8gPB9mfnJI5h0yTqlbSQbkxx4fLgssno7Opw28bJgAjF_C0D4zE7XOdea_hLV3vF2DV/s320/Samoa.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5204863216026387346" border="0" /></a><br /></div><div style="text-align: justify;font-family:arial;"><span style="font-size:85%;">Em toda festa de virada de ano, sempre existe um grupo de pessoas que quer ser o primeiro a celebrar o ano novo, fato que para muitos significa um período de renovação de objetivos e o início de uma nova fase de vida. Milhares de pessoas disputam viagens para destinos inusitados como Fiji ou o Kiribati. Embora esteja próximo a esses países, o arquipélago de Samoa é o último lugar a comemorar o ano novo, já que o país fica à beira da Linha Internacional de Data – linha imaginária na superfície terrestre que implica uma mudança de data obrigatória ao cruzá-la.<br /></span></div><div style="text-align: justify;"><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Assim, quando o viajante sai de países próximos, como Tonga ou Kiribati, com destino a Samoa, chega no dia anterior ao que partiu, gerando muitas confusões (um exemplo célebre está na trama do livro “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, de Julio Verne).</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >O povo de Samoa é conhecido como feliz e extremamente religioso. O catolicismo é a religião adotada pela grande maioria da população. Composto de dez ilhas, o arquipélago concentra sua população em duas dessas ilhas: Savai e Upolu, onde fica a capital, Apia.</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Descoberto pelos holandeses, o conjunto das ilhas de Samoa (que compreendia também a atual Samoa Americana) foi dividido por meio de um tratado assinado entre alemães e norte-americanos, no qual a parte ocidental ficou com os germânicos e a parte oriental foi destinada aos americanos. Assim, Samoa ficou conhecida como ‘Samoa Ocidental’, nome que foi transformado no atual em 1997. Na Primeira Guerra Mundial, a Nova Zelândia invadiu Samoa e tornou-se responsável por ela até o ano de 1962, quando a independência foi declarada.</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" ><span style="font-weight: bold;">Goleadas e bons reforços</span></span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Fundada em 1969, a federação samoana organizou sua primeira seleção de futebol apenas 10 anos depois, disputando os Jogos do Pacífico Sul. Se no primeiro jogo disputado a derrota para Wallis e Futuna por 3 a 1 foi aceitável, a segunda partida foi um desastre: Samoa perdeu por 12 a 0 para as Ilhas Salomão.</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Nos anos subseqüentes, ocorreram mais vexames, como um 13 a 1 para o Vanuatu, 13 a 0 para o Taiti, 12 a 0 para a Nova Zelândia e 11 a 0 para a Austrália, sendo este último jogo válido pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002. No entanto, por meio do programa ‘Goal’ promovido pela Fifa em 2002, o futebol samoano recebeu bons investimentos em infra-estrutura para a formação de jogadores e incentivo à prática do futebol feminino, além da verba para a construção de um estádio totalmente voltado para a prática do futebol, já que o local onde o futebol era praticado até então competia com o rúgbi e o críquete.</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >E os resultados dos investimentos logo apareceram: já a partir de 2002, Samoa venceu alguns jogos contra adversários de seu nível. Apesar de ainda perder de seleções mais fortes, os placares já não eram tão elásticos como em tempos passados. A partir de 2007, o futebol de Samoa recebeu mais um reforço: o jogador Chris Cahill, irmão do atacante australiano Tim Cahill. Embora nascido na Austrália e defendendo um clube australiano (St. George Saints), Chris passou a jogar pela seleção samoana, já que sua mãe é cidadã de Samoa. Além disso, o novo estádio ficou pronto em 2006 e, como prova de gratidão pelo investimento, foi batizado com o nome do presidente da Fifa, Joseph Blatter.</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Já com o reforço de Chris Cahill, Samoa disputou os Jogos do Pacífico Sul, que também valeram pelas eliminatórias da Copa de 2010. E, comprovando seu crescimento, Samoa venceu dois jogos (contra Samoa Americana e Tonga) e perdeu os outros dois (contra Vanuatu e Ilhas Salomão). Apesar de não se classificar para a fase seguinte das eliminatórias, os dirigentes da federação samoana aprovaram o desempenho da seleção e mantiveram o técnico Falevi Umutaua, no comando do time desde 2005.</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" ><span style="font-weight: bold;">Luta por maior espaço</span></span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >A liga samoana consiste de 10 times que jogam em sistema de turno único entre os meses de julho e setembro. O maior vencedor da liga é o Vaivase-tai, com seis conquistas. Logo depois vêm o Kiwi e o Strickland Brothers com três conquistas cada um. Seguindo a tradição local, que obedece rigidamente o princípio da religião católica de não trabalhar aos domingos, todos os jogos são realizados somente aos sábados, no Estádio Joseph Blatter. As partidas acontecem em seqüência: a primeira começa às 10 da manhã e a última tem início às 4 da tarde. Com isso, o habitante de Samoa tem a oportunidade de acompanhar futebol por um dia inteiro.</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >No entanto, o futebol em Samoa tem um grande concorrente: o rúgbi. Como o esporte de maior popularidade, o rúgbi atrai muito mais público que o futebol, tem patrocinadores mais fortes (para se ter uma idéia, a patrocinadora da seleção samoana de rúgbi é a Emirates), e a seleção do país é relativamente boa, já que constantemente participa de torneios internacionais importantes, como a Copa do Mundo de Rúgbi. Esses fatores impedem o crescimento da popularidade do futebol no arquipélago. Como conseqüência, as partidas não atraem bons públicos. Assim, independentemente dos investimentos da Fifa, é difícil imaginar grande evolução para o futebol do país.</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Apesar disso, os Manumea (uma espécie de pombo que vive em Samoa), como é conhecida a seleção de futebol do país, lutam com dignidade para promover o futebol. E sabendo da luta árdua que têm pela frente, procuram jogar conforme o espírito do povo e das famílias samoanas: com muita união e alegria.</span><br /></div><br /><p></p><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:75%;"><a href="http://euro.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=19056">*Texto de minha autoria publicado na coluna "Conheça a Seleção" do site Trivela</a></span></span></span>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-38441548381701196302008-04-27T18:49:00.009-03:002008-06-25T00:07:24.454-03:00Dominica: Futebol na terra dos papagaios<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJ1wMLTjZ1QnhEbNMSwN-g_DV30jpRoUQx3tWN1HvgVR0Y9QfC-HJ4akFkRSNTvARiwnZCdvKDXi0pN6LDP7bq1H-_pRY-cuY6EuUMRiVVyFgyniFhOlT5s8sxA1_pmE1nHa_C-XlRRmlB/s1600-h/DMA.gif"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: justify; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJ1wMLTjZ1QnhEbNMSwN-g_DV30jpRoUQx3tWN1HvgVR0Y9QfC-HJ4akFkRSNTvARiwnZCdvKDXi0pN6LDP7bq1H-_pRY-cuY6EuUMRiVVyFgyniFhOlT5s8sxA1_pmE1nHa_C-XlRRmlB/s320/DMA.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5194046652994430098" border="0" /></a> <br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;font-size:85%;" >No começo de 2008, um jogo válido pela Copa da Inglaterra chamou a atenção tanto pelo surrealismo quando pela surpresa: jogando em casa, o fortíssimo time do Liverpool entrava em campo contra o Havant & Waterlooville, da sexta divisão. O que tornou o jogo ainda mais surpreendente foi o fato de o time visitante ter ficado por duas vezes à frente do marcador. No final, o Liverpool venceu a partida por 5 a 2.</span><br /></div><div id="ctl00_ContentPlaceHolder1_tabConteudo_tabHome_pnlDestaque" style="font-family:arial;"><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;">Esse fato não teria a menor relevância para Dominica salvo por um detalhe: um dos principais jogadores do Havant, Richard Pacquette, é dominicano. Filho de imigrantes residentes na Inglaterra, decidiu defender a seleção caribenha desde o início de sua carreira futebolística. Foi dele o primeiro gol do jogo, provocando incredulidade em muitos torcedores do Liverpool espalhados pelo mundo.<br /><br />Em fevereiro e março de 2008, Dominica entrou em campo para disputar as eliminatórias da Copa de 2010. No primeiro jogo, disputado em casa, a seleção dominicana empatou por 1 a 1 com Barbados, depois de sair na frente com o mesmo Pacquette. Na partida de volta, Barbados ganhou por apenas 1 a 0 e se classificou para jogar a próxima fase das eliminatórias contra a seleção norte-americana. Tendo em vista que na seleção barbadiana alguns jogadores têm experiência internacional, atuando na Europa e na América do Norte, o resultado foi considerado bom pelos dominicanos.</span></p><div> </div><h5 style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;">Das disputas com os índios aos papagaios</span></h5><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;">Descoberta na segunda viagem de Colombo à América, a ilha de Dominica foi assim batizada pelo fato de ter sido encontrada em um domingo (Dominica, em latim). Logo após a descoberta, no entanto, os conquistadores espanhóis preferiram não priorizar sua colonização em função de seu relevo acidentado e da agressividade dos índios arauaques.<br /><br />Dois séculos depois da descoberta de Dominica, os franceses, que já dominavam as ilhas vizinhas de Guadalupe e Martinica, resolveram colonizar o local, pois era grande o interesse estratégico em dominar aquela parte do Caribe. No entanto, os arauaques seguiam impedindo os europeus de fixar residência em Dominica, resultando num isolamento completo até meados do século XVIII, quando a França cedeu o domínio da colônia à Inglaterra, como parte de um tratado de paz assinado entre os dois países.<br /><br />Apesar da colonização inglesa, o domínio do estilo francês na arquitetura e nas ruas dos vilarejos da ilha é visível, pelas casas com motivos coloridos e fachadas simples. Como legado dos ingleses, ficou o idioma oficial e o gosto dos habitantes pelo críquete.<br /><br />Os papagaios merecem um destaque especial quando falamos de Dominica. Presentes na bandeira e no escudo nacional, eles são parte essencial da fauna e da flora do país, pois vivem nas montanhas e colaboram para manter o ecossistema do local em harmonia. Atualmente são muito procurados por colecionadores e caçadores do mundo todo, estando ameaçados de extinção. O governo dominicano vem contando nos últimos anos com a ajuda estrangeira para monitorar as florestas do país, visando combater a caça do papagaio e manter o equilíbrio ambiental na região.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><h5 style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;">Tímida evolução e investimentos</span></h5><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;">Fundada em 1970, a Associação Dominicana de Futebol somente organizou sua seleção para disputar um jogo oficial quase 20 anos depois, quando o time empatou por 1 a 1 com a Jamaica. Depois da estréia, a seleção não parou mais de jogar e foi convidada para disputar amistosos, pequenos torneios com outras ilhas do Caribe e as eliminatórias da Copa Ouro da Concacaf. Com a ajuda da Fifa, à qual se filiou em 1994, a associação nacional pôde sonhar com vôos mais altos e começou a disputar as eliminatórias para a Copa em 1998.<br /><br />Nas eliminatórias para o Mundial de 2002, Dominica foi destaque na mídia internacional pelos dois vareios que tomou do México: 10 a 0 e 8 a 0. Apesar dos placares elásticos, a imprensa dominicana ressaltou a forma heróica com que seus compatriotas enfrentaram os mexicanos, sendo estes profissionais e os dominicanos amadores. Os jogadores foram recebidos com festa na capital de Dominica, Roseau.<br /><br />Já a Liga de Dominica é disputada desde o início das atividades da associação. O grande bicho-papão nacional é o Harlem United, que das 37 edições disputadas, ganhou 19. No entanto, o último campeão nacional é o Sagicor South East United, que se classificou para disputar o campeonato de clubes da CFU (Caribbean Football Union). O campeão desse torneio se classifica para disputar a Copa dos Campeões da Concacaf. Na edição do ano passado, após um empate com o RCA de Aruba, o Sagicor foi eliminado pelo Joe Public, de Trinidad e Tobago, que acabou sendo vice-campeão.<br /><br />Mesmo com os resultados pobres da seleção e dos clubes, a iniciativa privada e a Fifa seguem investindo no futebol e no esporte do país. O estádio no qual os jogos de futebol e críquete são realizados atualmente, o Windsor Park, foi inaugurado em outubro de 2007 e sua construção foi patrocinada pelo governo da China, em parceria com o governo de Dominica. Uma empresa de infra-estrutura telefônica patrocina a Liga de Dominica desde 2005, gerando meios para que os clubes possam se manter durante o ano todo, já que a liga começa em abril e termina em outubro. Além disso, a Fifa vem repassando ao país recursos do programa ‘Goal’, para a formação de pessoal qualificado, melhoria de infra-estrutura e aperfeiçoamento das categorias de base.<br /><br />Com todas essas ações, resta aguardar se a terra dos papagaios também se converterá, algum dia, numa terra do futebol.</span></p></div><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:70;"><a href="http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=18931">*Texto de minha autoria publicado na coluna "Conheça a Seleção" do site Trivela</a></span></span></span>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-27666960900285125162008-04-18T01:43:00.009-03:002008-04-18T02:36:03.074-03:00Raridades futebolísticas no Youtube<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"></span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"> O Youtube, além de proporcionar diversão, tem se revelado um bom lugar para garimpar algumas relíquias ou histórias do futebol</span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">O link abaixo é um vídeo sobre um dos episódios mais anti-esportivos de uma Copa do Mundo: dois times combinando um resultado para prejudicar outro.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">O jogo em questão é Alemanha Ocidental x Áustria, pela última rodada do Grupo B. A partida foi realizada no estádio El Molinón, em Gijón, no dia 25 de Junho de 1982.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">No dia anterior, a Argélia, que já havia batido a Alemanha </span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Ocidental no mesmo estádio pela primeira rodada, havia derrotado o Chile por 3-2, em grande atuação de Salah Assad e Rabah Madjer, que se transferiria para o Porto e se converteria num dos maiores jogadores da história do clube.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Assim, a Argélia ficava com 4 pontos e dividia a liderança o grupo junto com a Áustria. A Alemanha tinha 2 pontos e não se classificaria para a segunda fase da Copa. Se a Alemanha vencesse a partida, garantiria a classificação. Já tinha melhor saldo de gols que os argelinos e, dependendo do placar do jogo de Gijón, teria melhor saldo que os austríacos também.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Aos 10 minutos Horst Hrubesch adianta os alemães no placar. E até os 30 minutos, o jogo corria normalmente. De repente, os dois times começaram a tocar a bola de lado, esperando o final do primeiro tempo. A torcida espanhola logo entende o que acontece e passa a vaiar constantemente as duas seleções. No segundo tempo, um festival de toques pro lado e o aumento das vaias no estádio.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Acompanhe o vídeo:</span></span><br /><br /><object height="355" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/PosNh9VGMPI&hl=en"><param name="wmode" value="transparent"><embed src="http://www.youtube.com/v/PosNh9VGMPI&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" height="355" width="425"></embed></object><br /><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" ><span style="font-weight: bold;">Curiosidades:</span></span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >- Arnaldo Cezar Coelho esteve nesse jogo como auxiliar;</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >- Lothar Matthaus, então um menino de 21 anos, substituiu a Rummenigge no segundo tempo;</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >- No ano passado, o zagueiro alemão Hans Peter-Briegel assumiu a combinação do resultado em entrevista concedida ao jornal "Al Ittihad" , dos Emirados Árabes Unidos.</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >- A partir desse fato, a FIFA determinou que os jogos decisivos nas fases de grupos devem ser realizados simultaneamente, para evitar novas combinações.</span></div>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-65065081570738381002008-04-07T00:41:00.009-03:002008-04-14T23:06:33.793-03:00O pior mês de todos os tempos do Arsenal de Sarandí<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLyP1r4VGukgFfhgwbU4z2L23iNKSo5w_P4gJekwjdRnSFp27atHwWiEDY9Q9cOU1cFdg8DKFp4heA-bEacucbDLnMp57UeFDEt1lcRcBwVPcFDoUpIDv2mlvmY0PgO_6q3A-DZR0aYAnW/s1600-h/arsenal.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLyP1r4VGukgFfhgwbU4z2L23iNKSo5w_P4gJekwjdRnSFp27atHwWiEDY9Q9cOU1cFdg8DKFp4heA-bEacucbDLnMp57UeFDEt1lcRcBwVPcFDoUpIDv2mlvmY0PgO_6q3A-DZR0aYAnW/s320/arsenal.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5189287611857789506" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_QMos6K_iixk/R_mB0Cm5n_I/AAAAAAAAAD4/u_o-rLM7IJA/s1600-h/arsenal.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://1.bp.blogspot.com/_QMos6K_iixk/R_mB0Cm5n_I/AAAAAAAAAD4/u_o-rLM7IJA/s320/arsenal.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5186319176947048434" border="0" /></a><span style="font-size:60%;"><span style="font-family:arial;"><br />Foto: La Nación</span></span><br /></div><br /><span style="font-size:85%;"><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Se há algo que o Arsenal quer esquecer é o mês de Março de 2008.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">No início do mês, o "Viaducto" foi ao Rio de Janeiro jogar contra o Fluminense com vistas a uma boa colocação no Grupo 8 da Taça Libertadores da América. De forma inexplicável, o time acabou perdendo por 6-0. Em relação ao time que conquistou a Sul-Americana, o time que tomou o vareio no Rio teve apenas 3 alterações: o lateral-direito Espínola no lugar de Gandolfi, o volante Carrera no lugar de Villar e o experiente Biagini no lugar de Gómez. Somente no último caso a alteração foi de ordem técnica. Ninguém na Argentina imaginou que o Arsenal pudesse perder por tantos gols. <span style="font-family:arial;">A última vez que um time argentino levou 6 gols numa Libertadores foi na célebre goleada do Palmeiras sobre o Boca Juniors</span> por 6-1.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Logo após o vexame, o Arsenal tinha excelente oportunidade para se redimir da goleada jogando em casa contra o fraco Gimnasia de Jujuy. Com 1 minuto de jogo, Leguizamón abriu o placar. Ainda no primeiro tempo o Gimnasia virou para 2-1. Ao final da partida, um 3-3 arrancado no final do jogo com o Arsenal com 9 jogadores em campo.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-family:arial;">Logo depois do sofrido empate, o "Arse" perdeu 5 jogos seguidos: 0-1 e 6-1 contra a LDU pela Libertadores; 1-4 contra o Newell´s, 0-1 contra o San Lorenzo e 0-1 contra o River pelo Clausura.</span></span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"> Com a vitória do Fluminense sobre o Libertad na semana passada, o time não tem mais chances de passar à próxima fase da Libertadores.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Mesmo assim, Gustavo Alfaro continua firme no comando do time, apesar das inevitáveis críticas dos torcedores depois do 6-1 sofrido no Equador. Mesmo assim, grande parte da torcida do Arsenal mantém as esperanças no time e no treinador, que passou brilhantemente pelo Quilmes, classificando-o para a Copa Libertadores de 2005. Apesar das turbulências, acredita-se que Alfaro voltará a colocar o time nos eixos. Mostrando a união do grupo e solidariedade com Alfaro, os jogadores estão plenamente cientes dos fracassos recentes. Na semana passada, em entrevista ao jornal La Nación, o meia Andrizzi declarou:</span><span style="font-family:arial;"> "</span><em style="font-family: arial;">Não há desculpas. Temos que esquecer isso o mais rápido possível. Se continuarmos juntos melhoraremos e seguiremos em frente"</em></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-family:arial;">.</span></span></span><br /><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-family:arial;">No sábado passado, a história pode ter começado a mudar: o time empatou sem gols com o vice-líder Estudiantes jogando em casa. Já é alguma coisa, pelo menos depois de 5 derrotas seguidas.</span></span></span><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-weight: bold;">Post Scriptum</span></span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">- A vitória da LDU na Argentina foi a primeira de um time equatoriano em 37 anos.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">- Foi a primeira vez que um time equatoriano fez 6 gols num argentino na história da Libertadores.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">- O Arsenal sofreu 21 gols em Março, o que deu à sua defesa uma incômoda média de 3,5 gols sofridos por jogo.</span></span><br /></div><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><br /></span></span>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-21979384391243209532008-03-29T14:44:00.008-03:002008-03-29T14:51:04.101-03:00Comores: Um novato africano<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhraAumwbx1rcX-2RnY1oeaDUOl6bCJiMB30VdTy_A8Z4mvf_809fvjxqBGdOcQA9KAyZQuAxR9BWNv0AdrrKr2D5AaHQxDQ5tGCHq6iNjfYzl-vMydx0Ct2oCYS4uSwZ0DOej_2ynRIp46/s1600-h/Comores.gif"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhraAumwbx1rcX-2RnY1oeaDUOl6bCJiMB30VdTy_A8Z4mvf_809fvjxqBGdOcQA9KAyZQuAxR9BWNv0AdrrKr2D5AaHQxDQ5tGCHq6iNjfYzl-vMydx0Ct2oCYS4uSwZ0DOej_2ynRIp46/s320/Comores.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183222136159444962" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">No dia 17 de novembro de 2007, a pequena população de Comores estava em polvorosa: pela primeira vez a seleção nacional do país jogaria em solo comoriano. O jogo, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo e da Copa Africana de 2010, era contra a vizinha seleção de Madagascar. Um mês antes as duas seleções se enfrentaram no jogo de ida e os malgaxes levaram a melhor, ganhando por 6x2. No entanto, o resultado era o que menos importava para os torcedores locais. Só o fato de ver sua seleção tão perto e participando das Eliminatórias de uma Copa Mundial e Continental já foi uma experiência que jamais será esquecida. A partida foi jogada em Moroni, capital de Comores, e terminou em 4x0 para Madagascar.</span></span> <span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Apesar de ter sido fundada em 1979, a Federação Comoriana de Futebol é a "caçula" da CAF, já que se filiou ao organismo máximo do futebol africano em 2003. Anteriormente à sua filiação, a seleção disputava apenas uma competição válida pelos Jogos das Ilhas do Oceano Índico, que são uma espécie de Jogos Pan-Americanos das ilhas que fazem parte da região. E foi nessa competição que o futebol comoriano atingiu sua melhor colocação num torneio internacional: ficou em terceiro lugar nas edições de 1979 e 1985.</span></span> <span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Já em 2005, a Federação Comoriana foi a 206ª a se filiar à FIFA, o que lhe conferiu o direito de participar do programa "Win in Africa, with Africa" (Vença na África com a África), que visa fomentar o desenvolvimento do futebol africano. Com a implantação do programa, a esperança dos comorianos é construir um estádio com capacidade para receber jogos internacionais. Atualmente a seleção de Comores recebe seus jogos no Stade de Beaumer, que é um estádio que abriga futebol, turfe e atletismo.</span></span> <span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Numa segunda etapa, estão previstos investimentos em melhorias da infra-estrutura e nas categorias de base do futebol comoriano. Percebendo o crescimento do futebol em Comores, alguns jogadores franceses com cidadania comoriana já defendem a seleção: é o caso de Salim M´ramboini (defende o Martigues, da 3ª divisão da França) e Djamar Mohamed (que joga no Marseille Endoume, time da 4ª divisão francesa).</span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><br /><span style="font-weight: bold;"><br />Conhecendo Comores</span></span></span> <span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><br /><br />As Comores são formadas por três ilhas: Ngazidja (ou Grande Comore), Mwali e Nzwani. Estão localizadas no Oeste da África, entre a costa de Moçambique e a ilha de Madagascar. O primeiro contato com o Ocidente ocorreu em 1505, quando uma esquadra portuguesa passou por Ngazidja. Desde então, Comores passou a servir como porto de apoio para escalas de navios que iam à costa da Península Arábica. Vislumbrando um potencial portuário para as ilhas, os franceses, que já colonizavam Madagascar, passaram a colonizar também Comores.</span></span> <span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">O país obteve a independência da França em 1975 e se tornou uma República Islâmica até o ano de 2002, quando mudou seu nome oficial e passou a ser chamada União das Comores. No entanto, as ilhas de Mwali e Nzwani são palco de freqüentes manifestações pela volta do domínio francês. Em 1997, elas chegaram a declarar a independência de Comores, associando-se unilateralmente à França. Com a recusa do apoio dos franceses, a população das duas ilhas passou a sofrer com os enfrentamentos entre as tropas do governo e os separatistas.</span></span> <span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">De maioria muçulmana, a população de Comores fala, além do francês, o árabe e o comoriano, que é uma língua que mistura árabe com suaíli (língua falada no oeste da África). Assim, a origem do nome do país vem do árabe qamar, que significa “lua”.</span></span> <span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Devido à colonização francesa e o fluxo constante de pessoas que passam por Comores, a população local tem boas porções de indianos, africanos, europeus e chineses. A grande biodiversidade marinha também é uma marca das ilhas. Entre outras espécies, por ali habita um peixe especial chamado celacanto. Esse peixe pode chegar a 1 metro e meio de comprimento, tem dentes muito fortes, se alimenta de outros peixes e suas nadadeiras são semelhantes a patas. Não por acaso, o apelido da seleção nacional de futebol de Comores é “Os Celacantos”.</span></span><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" ><span style="font-family:arial;">Melhores das ilhas</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">De 1979 até 2003 o campeonato de Comores era jogado no sistema de liga, tal qual conhecemos no Brasil: os times jogando entre si em sistema de turno e returno. A ilha de Ngazidja dominou o futebol local nesse período: os times que mais se destacaram foram o Coin Nord, o Etoile du Sud e o US Zilimadjou.</span></span> <span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">A partir de 2004, os dirigentes da Federação Comoriana passaram a organizar o campeonato local em função das ilhas que compõem o país. Assim, cada ilha disputa uma liga interna. Os campeões de cada ilha se enfrentam e o campeão nacional é conhecido. De lá pra cá, o Coin Nord permanece como um dos melhores do país, mas agora tem a companhia do AJSM (Association Jeunesse Sportive de Mutsamudu), da cidade de Mutsamudu, que fica na ilha de Nzwani, ameaçando assim o domínio de Ngazidja no futebol comoriano.</span></span> <span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">No último dia 2 de março, as Comores foram testemunhas de outro jogo histórico: o atual campeão nacional, o Coin Nord, recebeu o Curepipe Starlight, das Ilhas Maurício. Foi a primeira vez que as Ilhas receberam um jogo válido por um torneio internacional de clubes. O jogo, válido pela fase preliminar da Copa dos Campeões da África, acabou com uma vitória dos campeões comorianos por 1 a 0. No entanto, como o Curepipe venceu o primeiro jogo por 2 a 0, o Coin Nord foi eliminado logo na primeira fase.</span></span> <span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Embora novato no futebol e pequeno na geografia, Comores tem condições para evoluir e, quem sabe, sonhar com colocações melhores no futebol africano. Como se trata de uma federação com pouco tempo de filiação aos órgãos internacionais, é possível elaborar um planejamento em longo prazo e aplicar os recursos enviados pela FIFA da melhor maneira possível, ajudando a seleção e os clubes.</span></span></div><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:70%;"><a href="http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=18808">*Texto de minha autoria publicado na coluna "Conheça a Seleção" do site Trivela</a></span></span></span>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-24943739231056243612008-03-22T11:59:00.035-03:002008-08-12T02:46:51.376-03:00Salve(m) o XV de Novembro<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJXJVQjJU0lquH30jakSnVfgOMqg6Jv8D3BaQewpzB5O7xOK-SIZFq3VfvcSHn5rri2msW3HyXVrrgBP36iN6cWFZFpFNcX8rMyvC0VWisoSaLWdw8BopS7xR1WtDNPhYB9Mdn0YmXPZuH/s1600-h/brasaoxv.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 188px; height: 176px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJXJVQjJU0lquH30jakSnVfgOMqg6Jv8D3BaQewpzB5O7xOK-SIZFq3VfvcSHn5rri2msW3HyXVrrgBP36iN6cWFZFpFNcX8rMyvC0VWisoSaLWdw8BopS7xR1WtDNPhYB9Mdn0YmXPZuH/s200/brasaoxv.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5181164958493810626" border="0" /></a><span style=";font-family:arial;font-size:70%;" >Antigo distintivo do XV de Piracicaba</span><br /></div><div style="text-align: center;"><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" ><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Parece que foi ontem.</span><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >No dia 28 de Janeiro de 1995, eu, um tio e mais alguns amigos aprontamos os carros e nos dirigimos a Piracicaba para ver o Corinthians jogar.</span><span style="font-size:85%;"> </span><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Por lá muito sol e calor e a cidade estava toda tingida em preto e branco ansiosa para ver a estréia dos dois times no Campeonato Paulista.</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >No final do ano anterior, o Corinthians havia perdido o Brasileirão para o Palmeiras. Uma reformulação geral veio e jogadores como Gralak e Branco foram dispensados. Em contrapartida chegaram Vítor, Bernardo e Fabinho. Além disso, os principais nomes do time foram mantidos: Ronaldo, Souza, Marcelinho e Viola.</span><br /><br /><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Três dias antes desse jogo, o Corinthians havia ganho a Taça São Paulo de Futebol Junior, batendo a Ponte Preta por 3-2. Desse time, o técnico Eduardo Amorim aproveitou alguns talentosos jogadores surgidos de lá, caso de Zé Elias, André Santos e Silvinho. A torcida estava de bem com o time, que surgia como um dos favoritos à conquista do título paulista daquele ano.</span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Do outro lado aparecia o XV. Com injeção de capital vinda de seus patrocinadores recém contratados (TAM e Umbro) o time trouxe um reforço considerável: o volante Doriva, que havia atuado no São Paulo com relativo sucesso, conquistando títulos importantes. O elenco contava ainda com o zagueiro Biluca, o goleiro Anselmo e o atacante Cláudio Moura. No banco, o Nhô Quim tinha o excepcional Rubens Minelli.</span></span><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">No final do jogo, com calor e tudo, o XV ganhou por 2-1. Fomos obrigados a ver uma bela exibição do time do interior, com marcação cerrada, aplicação tática e valentia de sobra. Parecia que o time de Minelli daria muitas alegrias à torcida quinzista ao longo do Paulistão.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Mas somente parecia. Aquela seria a última participação do XV na primeira divisão do futebol paulista. O time cairia e subiria para a segunda e terceira divisões, sem o mesmo sucesso dos anos anteriores.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Apesar da queda no estadual, o final do ano reservaria uma grande glória para o XV: o time sagrou-se campeão da Terceira Divisão do futebol brasileiro, disputando a final contra o Volta Redonda. O número recorde de 104 participantes na terceira divisão trouxe um brilho ainda maior para a conquista do Nhô Quim.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Nos anos seguintes em que o time disputaria a segunda divisão do futebol brasileiro, o XV fez parte do mesmo torneio que Ponte Preta, Náutico, Santa Cruz, Paysandu, Bahia e Fluminense também disputavam.</span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"> Depois de alguns sucessos e fracassos, o XV novamente </span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">caiu pra terceira divisão nacional </span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">em 2002 e deixou de disputá-la dois anos depois devido a problemas financeiros.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Atualmente, o temido XV de outrora é </span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">apenas uma sombra do que foi o time um dia</span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">. Um XV forte, vice-campeão paulista de 1976, está sumindo aos poucos. Hoje apenas restam lembranças de um passado glorioso que o tempo parece apagar.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Mesmo disputando com dignidade a Série A-3, um time da tradição do XV não deveria ficar de fora da elite do futebol paulista. Sua torcida fanática e fiel continua indo ao Barão de Serra Negra prestigiar os jogadores que tentam trazer o XV para o lugar que lhe é devido. A caminhada é difícil e os adversários são perigosos. Flamengo de Guarulhos, Votoraty e SEV/Biônico são, por enquanto, os times que o XV tem que enfrentar para subir à segunda divisão paulista.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-family:arial;">No último dia 3, o fundo do poço parecia ter chego ao clube: </span></span><span style="font-family:arial;">O time </span><span style="font-family:arial;">foi punido com a perda de seis pontos n</span><span style="font-family:arial;">a disputa da A3</span><span style="font-family:arial;">. A falha: a escalação irregular de um jogador (Rafael Gonzáles) contra o São Carlos. À época, o time tinha 7 pontos e ficou reduzido a apenas um.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Com esse acontecimento, muitas pessoas temeram pelo fim das atividades do futebol profissional do clube, já que a situação financeira do XV continua não sendo das melhores. Até os mais apaixonados defensores do Nhô Quim temiam pelo pior.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-family:arial;">No entanto, no último dia 17, veio a notícia que todos esperavam: </span></span><span style="font-family:arial;">o XV recuperou os pontos perdidos da A3. Como o julgamento de Rafael aconteceu depois da Série A3 já ter começado, o clube foi absolvido, já que a punição só vale para a competição seguinte ao julgamento. Assim, o jogador terá que cumprir suspensão de uma partida no próximo campeonato organizado pela FPF. O XV, assim, subia a 13 pontos e ficava numa posição intermediária na tabela, podendo chegar ao G-8 nas próximas rodadas.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">A situação atual do XV serve para ilustrar bem as consequências de uma administração trágica, aliada a diretores técnicos incompetentes e falta de profissionalismo para tratar de questões relativamente simples, como essa punição recebida pela FPF.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">A solução para o XV pode estar na formação de novos talentos. Para um clube que revelou Mazzola, De Sordi, Chicão e Pianelli, o investimento nas categorias de base deverá ser cada vez mais priorizado para que o futebol gere lucro ao clube. Com uma administração séria e os recursos aplicados em melhorias de infra-estrutura para a revelação de novos jogadores, o time pode criar condições para sua sustentabilidade e obtenção de melhores resultados no futebol. No começo desse ano vimos que é possível. Na Copa São Paulo de Futebol Junior, o XV ganhou do Flamengo por 3-2.</span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><br /></span></span><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8xyvV45tQcM38YUV3ExTLz3_ePeI6WPZ7-FJtbU_JACMc6znPQLjbd-SbcfN8NK_xBIYbRlhr3E3VXZbr7oK9kX45eWtxmnaWQVDPSR9Lymgf5H87xXKR6Wu4oQpVS7LgNinpN0T0Dcax/s1600-h/XV_de_Piracicaba-SP_logo.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 196px; height: 196px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8xyvV45tQcM38YUV3ExTLz3_ePeI6WPZ7-FJtbU_JACMc6znPQLjbd-SbcfN8NK_xBIYbRlhr3E3VXZbr7oK9kX45eWtxmnaWQVDPSR9Lymgf5H87xXKR6Wu4oQpVS7LgNinpN0T0Dcax/s320/XV_de_Piracicaba-SP_logo.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5181165555494264786" border="0" /></a><span style=";font-family:arial;font-size:70%;" >Atual distintivo do XV de Piracicaba</span></div></div>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-51052748967589515032008-03-10T00:16:00.007-03:002008-03-10T00:29:43.376-03:00Brunei: Rico em petróleo, pobre em futebol<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzV0t4TdJCdZOm_L0cwD4fKcpyGgje_unkjWYQNGRXvfzRrBBgOK0seyFN5nZBjwv6BouSw_nc4ri46a6ovC6EpOuu6ZNMzd3PWHr1IiI4eV22jbZF48nNAZPXWKyJ7jOm0k6bfrEZzhRa/s1600-h/Brunei.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 205px; height: 161px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzV0t4TdJCdZOm_L0cwD4fKcpyGgje_unkjWYQNGRXvfzRrBBgOK0seyFN5nZBjwv6BouSw_nc4ri46a6ovC6EpOuu6ZNMzd3PWHr1IiI4eV22jbZF48nNAZPXWKyJ7jOm0k6bfrEZzhRa/s320/Brunei.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5175948150516997250" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><br /></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Há um lugar onde as mulheres saem às ruas cobertas dos pés à cabeça, o calor é escaldante, existe uma grande concentração de petróleo e seu governante máximo é bilionário. Se você pensou em algum país do Oriente Médio, pensou errado.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Brunei é um país cujo território fica localizado ao nordeste da ilha de Bornéu, no Sudeste Asiático. A parte norte dessa ilha faz parte da Malásia, e a parte sul é controlada pela Indonésia. Encravado na parte malaia está o sultanato de Brunei, que, entre os séculos XIV e XVI, era muito poderoso. O país dominava toda a ilha de Bornéu e uma parte do arquipélago das Filipinas. No entanto, algumas disputas perdidas com a Malásia (então colônia do Reino Unido) reduziram substancialmente o território do país, resultando numa divisão em duas partes. A partir de 1888, o Reino Unido passou a colonizar também Brunei. Em 1984, finalmente, o país obteve a sua independência, e o regime de sultanato foi reinstalado.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Como o país está encravado no território malaio, os mais marcantes traços culturais de Brunei são a religião muçulmana, predominante na maioria da população, e a rigidez com que ela é seguida no país, exatamente como ocorre em seu único vizinho. Por conta disso, as mulheres do país são obrigadas a circular pelas ruas com a burca (vestimenta que cobre todo o corpo), e a venda de bebidas alcoólicas é proibida para os que professam os ensinamentos de Maomé. O petróleo é atualmente a maior fonte de renda do sultanato, o que coloca o país com uma das maiores rendas per capita do mundo. O sultão de Brunei, Hassanal Bolkiah, figura como um dos cinco homens mais ricos do planeta, com uma impressionante fortuna pessoal de mais de US$ 29 bilhões.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" >Uma seleção e um combinado</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Fundada em 1956 sob o nome de “Brunei State Football Amateur Association”, a federação bruneiana de futebol só realizou o primeiro jogo oficial da seleção em 1972. Em jogo válido pelas eliminatórias da Copa da Ásia, Brunei foi derrotado pela Malásia por 8 a 0. Desde então, a seleção sofreu goleadas atrás de goleadas, como um 10 a 1 da China em 1975. A partir de 1983, a seleção passou jogar com mais regularidade, chegando a disputar as eliminatórias para a Copa do Mundo de 1986, na qual mais derrotas fragorosas aconteceram: levou 8 a 0 de Hong Kong e da China. Além disso, a seleção sempre contribui também com muitas derrotas na Tiger Cup, que reúne as nações do Sudeste Asiático.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">No mesmo ano de 1983, a federação bruneiana de futebol montou um time, o Brunei M-League, para disputar a Copa da Malásia. Como não havia futebol profissional nem liga de futebol em Brunei, o país passou a disputar essa copa como se fosse um clube de Malásia. É bom salientar que o time montado pela federação permitia o ingresso de estrangeiros. Sendo assim, não se pode afirmar que a seleção nacional de Brunei participava de um campeonato de clubes.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Apesar de ter se filiado à Fifa em 1969 e à Confederação Asiática de Futebol um ano depois, somente em 1993 o futebol no país tornou-se profissional e a palavra ‘Amateur’ foi retirada do nome oficial da federação. Em 1999, ocorreu a maior glória do futebol bruneiano: o Brunei M-League venceu a Copa da Malásia contra a equipe do Sarawak e venceu por 2 a 1, com dois gols de Rosli Liman, considerado até hoje herói nacional no sultanato. Muitos habitantes de Brunei foram até a capital da Malásia, Kuala Lumpur, e lotaram o estádio para ver o combinado bruneiano na final.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Essa conquista deu ânimo aos dirigentes da federação bruneiana para tentar voar mais alto no futebol asiático. Assim, a seleção nacional foi inscrita para participar das eliminatórias da Copa de 2002. O resultado para Brunei não poderia ter sido mais desastroso: o time perdeu todos os jogos, não fez nenhum gol e levou a pior goleada de sua história, 12 a 0 para os Emirados Árabes.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" >Liga recente e time tipo ‘exportação’</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Na esteira da Copa de 2002, a federação bruneiana decidiu criar a Brunei Premier League, reunindo os 12 melhores times do país e angariando o patrocínio de uma empresa multinacional do ramo petrolífero. Todos os jogos seriam realizados no moderno estádio Sultan Hassal Bolkiah, com capacidade para 30 mil pessoas.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">No primeiro ano, o time do Duli Pengiran Muda Mahkota (ou DPMM, como é mais conhecido), faturou o título da temporada. A equipe é gerenciada por Al Muhtadee Billah, que é filho do sultão de Brunei e em algumas vezes jogava como goleiro do time. Com os recursos para trazer jogadores garantidos por ele, o clube sagrou-se mais uma vez campeão em 2004 e então foi convidado a disputar a Premier League da Malásia, a segunda divisão do país. Em 2005, garantiu o acesso à elite e também substituiu o Brunei M-League na disputa da Copa da Malásia. Os principais jogadores do time são o brasileiro Tiago dos Santos (vindo do Extrema, de Minas Gerais) e Shahrazaen Said, que foi um dos artilheiros da Super League na temporada passada, com 22 gols.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">O sucesso da equipe, no entanto, não agrada nem aos bruneianos nem aos malaios. Por um lado, os bruneianos reclamam que o DPMM sempre contrata os melhores jogadores do país, esvaziando a liga local e levando os talentos dos times menores. Como a federação bruneiana não incentiva os clubes financeiramente, a liga local não se desenvolve, e a seleção também não. Com isso, Brunei não se inscreveu para disputar as eliminatórias da Copa de 2006 nem as de 2010. Apesar do incentivo ao futebol local ser cada vez mais escasso, nas sete últimas partidas que Brunei jogou houve uma melhora: duas vitórias, dois empates e três derrotas.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Além, a presença do DPMM na Copa da Malásia está com os dias contados. Por conta de uma forte pressão na Malásia para que somente os clubes malaios possam competir nas copas do país, a federação local comunicou que o DPMM está fora da Copa da Malásia, podendo disputar somente a Super League na próxima temporada.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Isso, no entanto, não significa que o DPMM voltará a jogar na liga de Brunei. E assim, esse país rico em petróleo continuará vivendo a estranha situação de não ter riqueza suficiente para segurar seu melhor time no campeonato do país.</span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><br /></span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:70%;"><a href="http://www.trivela.com/index.asp?Fuseaction=Extra&id_codigo=18905&id_secao=54">*Texto de minha autoria publicado na coluna "Conheça a Seleção" do site Trivela</a></span></span></span><br /></div>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-60909750634711242522008-03-04T23:21:00.003-03:002008-03-10T00:51:26.784-03:00OFF - Parada<span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Devido a questões profissionais, esse blog ficará sem atualização até o dia 9 de março.</span>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-43316594644456742222008-02-29T05:27:00.019-03:002008-04-07T00:40:13.296-03:00O que acontece com o San Lorenzo?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirPfRY2QYgMmyoPc4wbfwywvMkEqg2A0vlW8iLxC7qw5Be8e850HPjVhskwsFfgq8kvF9wBmJJnSeoAjoZYZHdzZJyDOPVIEKpWxOFeCyFRtszLa1TwBm_gBZx4KXkroC3xOkxezIzEjAh/s1600-h/790923.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirPfRY2QYgMmyoPc4wbfwywvMkEqg2A0vlW8iLxC7qw5Be8e850HPjVhskwsFfgq8kvF9wBmJJnSeoAjoZYZHdzZJyDOPVIEKpWxOFeCyFRtszLa1TwBm_gBZx4KXkroC3xOkxezIzEjAh/s320/790923.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5172298188811869778" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >O que era para ser um ano de festa até agora está se tornando um ano para esquecer.<br /><br />O San Lorenzo completa em abril próximo 100 anos de existência. Por lá passaram nomes do quilate de Héctor Veira, José Sanfilippo, Héctor Scotta e Oscar Ruggeri. E, até o meio do ano passado, tudo indicava que o ano do centenário seria de muitos festejos para o Ciclón. Comandado por Ramón Díaz (que sucedeu a Oscar Ruggeri depois de uma saída conturbada), o time de Boedo sagrava-se campeão do Torneio Clausura de 2007, credenciando-se à disputa do título que ainda não possui: a Copa Libertadores da América. Para os torcedores <span style="font-style: italic;">azulgranas</span>, conquistar o máximo torneio das Américas no mais importante ano do clube seria a maior das glórias.<br /><br />Assim, era natural que o grupo relaxasse um pouco no Apertura. No entanto, até que o desempenho não foi tão ruim: ficou em 8o. lugar estando à frente do Independiente (que liderou o Apertura por 13 rodadas), do Racing e do River. </span><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >Como o San Lorenzo precisava equilibrar suas contas, teve que se desfazer de alguns jogadores. </span><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" >No final do ano, foram concretizadas as saídas de Osmar "Malevo" Ferreyra (foi para o Dnipro), Cristian "Lobo" Ledesma (foi para o Olympiakos) e Gastón "La Gata" Fernández (foi para o Tigres). Esses três jogadores foram considerados os pilares do time campeão do Clausura do ano passado.</span><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" ><br /><br />A fim de repor o elenco, para a temporada desse ano vieram Placente (com passagens pelo Bayer Leverkusen e pelo Celta), Bergessio (atacante que se tornou conhecido jogando pelo Racing), e, por último, D´Alessandro (revelado pelo River e que estava no Zaragoza). Esses jogadores se somaram às presenças de </span><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" > Bilos (fez sucesso no Boca) e Romeo (que jogou por quatro anos no San Lorenzo e estava no Osasuna), que vieram no meio do ano passado.<br /><br />No Torneio Pentagonal de Verão, onde os chamados "cinco grandes" argentinos se enfrentam, o San Lorenzo empatou dois jogos (com Boca e Independiente) e perdeu os outros dois (para Racing e River). Pelo Clausura, já são três derrotas seguidas, para os limitados Newell´s e San Martín em casa e para o perigoso River como visitante. Pela Libertadores, o time perdeu do Caracas e empatou com o Cruzeiro, ficando em situação difícil para classificar-se à próxima fase da competição.</span><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" ><br /></span><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" ><br />De acordo com alguns ex-jogadores, a pressão cada vez maior pelos resultados vem atrapalhando os jogadores, apesar de a média de idade deles ser de quase 25 anos. Some-se a isso a crescente irritação da torcida e a falta de sorte em alguns jogos. No jogo contra o San Martín, por exemplo, foram criadas mais de 15 chances de gol. Todavia, foram os visitantes de San Juan que marcaram no final do jogo e levaram os 3 pontos. Apesar disso, uma boa parte da torcida ainda acredita que essa fase é apenas passageira e que quando o primeiro gol surgir os resultados chegarão. Só resta saber quando isso acontecerá.<br /><br />Tudo indica que Ramón Díaz terá mais problemas: no último jogo contra o River, D´Alessandro sentiu um problema na perna direita e teve de ser substituído aos 22 minutos do primeiro tempo. No dia seguinte veio a confirmação da lesão: ruptura fibrilar no músculo isquiotibial. Com isso, ele fica fora do time por, pelo menos, 20 dias. O técnico do Ciclón com isso ganha mais um problema para enfrentar o líder Estudiantes amanhã, no Nuevo Gasómetro.<br /><br />A fase anda tão ruim que nem um pouco de sorte o time consegue dar aos seus admiradores. Viggo Mortensen, que disputava o Oscar de melhor ator pela atuação em "Senhores do Crime", esteve presente na festa da Academia com uma bandeira do clube para mostrar caso ganhasse a estatueta. Acabou perdendo a disputa para Daniel Day-Lewis. O motivo para levar o adereço é a enorme paixão que Viggo adquiriu pelo San Lorenzo, já que morou por oito anos em Buenos Aires. De mãos abanando, teve de se contentar em desenrolar a bandeira na barriga da atriz Cate Blanchett, que está grávida.<br /><br /><span style="font-size:78%;"><a href="http://www.lanacion.com.ar/">Montagem: www.lanacion.com.ar</a></span><br /></span></div>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4612014570571233797.post-25141471468982664322008-02-27T03:15:00.005-03:002008-02-29T05:41:12.297-03:00Antigua e Barbuda: Organização boa, futebol fraco<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh81I18MgVOFO1w1Xf1Qu1HuxlNQClGMdFZgArwDa4TALSJUD6AxhyphenhypheneACihooYclLgItcFXXQFj1NgPMD0qU6Da38adGZ3PhnO2Ngg1SZKViKNZsOp3dn7r4j4KOOyZ0pAazllUyc6zuoUp/s1600-h/Antigua-logo.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 109px; height: 144px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh81I18MgVOFO1w1Xf1Qu1HuxlNQClGMdFZgArwDa4TALSJUD6AxhyphenhypheneACihooYclLgItcFXXQFj1NgPMD0qU6Da38adGZ3PhnO2Ngg1SZKViKNZsOp3dn7r4j4KOOyZ0pAazllUyc6zuoUp/s320/Antigua-logo.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5171533708289942626" border="0" /></a><span style=";font-family:arial;font-size:85%;" ><span style="font-family:arial;">Imagine-se andando numa praia de uma ilha no Caribe. De repente, você se depara com Eric Clapton deitado numa poltrona. Andando um pouco mais, é possível ver Giorgio Armani passando bronzeador. E, por fim, pode cruzar com Oprah Winfrey e conversar animadamente com ela sem se preocupar com seguranças ou fotógrafos.</span></span><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Pois isso tudo pode acontecer em Antígua e Barbuda. Essa nação composta por duas ilhas foi descoberta na segunda viagem de Cristóvão Colombo à América, em 1493. A ilha principal era chamada de ‘Wadadli’ (algo como ‘nossa terra’, no idioma indígena) pelos índios arauaques. O nome ‘Antígua’ foi escolhido pelo navegador, para lembrar a igreja de Santa Maria La Antígua, situada em Sevilla. Já o nome ‘Barbuda’ deriva dos liquens que pendiam das palmeiras situadas nessa ilha e que, segundo seus descobridores, lembravam as barbas dos homens. Cerca de dois séculos depois, no entanto, a Espanha perdeu o domínio das ilhas para os ingleses, que colonizaram o território e concederam a independência ao país somente em 1981.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" > <span>Início desastroso e volta lenta aos gramados</span></span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Com a influência inglesa, esportes como o críquete e o futebol logo passaram a ser praticados nas ilhas. A Associação de Futebol de Antígua e Barbuda foi fundada em 1928, apenas um ano depois do início das atividades da Federação Mexicana. A primeira partida oficial disputada pela seleção de Antígua e Barbuda, porém, só ocorreu 44 anos depois, em novembro de 1972. E a estréia foi péssima: uma derrota de 11 a 1 para Trinidad e Tobago, em jogo válido pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1974. Em seu terceiro jogo, os antíguanos levaram 6 a 0 do Suriname, em partida válida também pelas eliminatórias.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">A derrota pareceu ter abalado os habitantes e futebolistas das ilhas, pois somente seis anos depois a seleção de Antígua foi organizada para entrar em campo novamente. Pelas eliminatórias, Antígua só voltou a jogar em 1984, quando a disputa era por uma vaga no Mundial do México. Desde então, o time nacional não parou mais de jogar, seja em amistosos, seja em torneios continentais organizados pela Concacaf.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Em 1998, a seleção antiguana conquistou aquele que seria seu melhor resultado na história em competições internacionais: obteve um ótimo quarto lugar na Shell Caribbean Cup, torneio que envolve equipes caribenhas de menor expressão e qualifica o campeão a disputar a Copa Ouro. Na semifinal, Antígua vendeu caro uma derrota por 1 a 0 na prorrogação para a Jamaica, que tinha acabado de disputar a Copa da França. Logo depois, perdeu do Haiti por 3 a 2, na disputa do terceiro lugar.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Nas eliminatórias para a Copa de 2006, Antígua foi eliminada pelas Antilhas Holandesas, ainda na primeira fase. Em fevereiro e março de 2008, os Wadadli Boys, como é chamada a seleção antíguana, enfrentam Aruba pela primeira etapa das eliminatórias para a Copa da África do Sul. Para tentar evitar mais uma eliminação precoce, o técnico Derrick Edwards convocou para a seleção jogadores que atuam na Liga de Trinidad e Tobago, caso de Peter Byers, Gayson Gregory e George Dublin. Gregory foi o artilheiro da liga trinitária em 2007, marcando 15 gols pelo San Juan Jabloteh, time que foi o campeão da temporada. Antes dos jogos contra Aruba, Antígua enfrentará Barbados em um amistoso de preparação.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;font-family:arial;" ><span>Jogadores amadores, organização profissional</span></span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">A liga de Antígua tem três divisões: a Premiere League, a First Division e a Second Division. O campeão de títulos nacionais, disparado, é o Empire FC, com 13 conquistas. O English Harbour (que está na segunda divisão atualmente) e o Bassa possuem três títulos cada um, e o Parham e o Villa Lions têm dois cada. Também há uma liga de futebol feminino, a FA Cup. Os torneios masculinos começam em setembro e terminam em abril. A liga feminina começa em outubro e acaba em agosto.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Todos os jogos da Premiere League e da seleção antíguana acontecem no Antígua Recreation Ground, que serve também para a prática do críquete. Até 2006, esse estádio era palco de jogos da seleção das Índias Ocidentais, que reúne 12 países caribenhos de língua inglesa (Anguilla, Antígua e Barbuda, Barbados, Dominica, Granada, Guiana, Jamaica, Montserrat, São Cristóvão e Nevis, Santa Lucia, São Vicente e Grenadinas e Trinidad e Tobago). Como em 2006 um novo estádio foi construído para receber os jogos da Copa do Mundo de Críquete de 2007 (o Sir Vivian Richards Stadium), acredita-se que o Antigua Recreation Ground seja cada vez mais usado para a prática do futebol.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Um aspecto muito interessante e digno de nota é que a associação antiguana mantém um conteúdo muito bom em seu site (<a href="http://www.footballantigua.com/">www.footballantigua.com</a>). Lá, é possível conferir as fotos dos jogos ocorridos, a classificação dos times em todas as divisões, ver vídeos das partidas, conferir notícias do futebol local, regional, internacional e da associação, cadastrar o e-mail na newsletter do órgão, que é enviada uma vez por semana e até ver as representações da cada clube com o nome do responsável e seus números de telefone.</span><br /><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;">Ao menos nesse quesito, a Associação da Futebol de Antígua e Barbuda ganha de goleada de muitos países tradicionais no futebol mundial.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:70%;"><a href="http://www.trivela.com/index.asp?Fuseaction=Extra&id_codigo=18249&id_secao=54">*Texto de minha autoria publicado na coluna "Conheça a Seleção" do site Trivela</a></span></span></span><br /></div>Alexandre Anibalhttp://www.blogger.com/profile/18283493044255103107noreply@blogger.com1